Fora do mapa da fome: Polos de Agricultura Irrigada fortalecem segurança alimentar no Brasil

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Brasília (DF) – O anúncio da saída do Brasil do Mapa da Fome, feito pela ONU nesta segunda-feira (28), é reflexo de políticas públicas que fortalecem a produção de alimentos, a inclusão produtiva e o desenvolvimento regional. Entre elas, destaca-se os Polos de Agricultura Irrigada, coordenados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que tem papel estratégico na expansão da agricultura irrigada em todo o país.

A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), integra a Política Nacional de Irrigação e atua em articulação com diferentes esferas de governo e o setor privado. Ela consiste em conhecer as reais necessidades dos agricultores irrigantes em cada região e definir, em conjunto, projetos estruturantes para fomentar a irrigação de forma sustentável e regionalmente adequada.

Atualmente, o Brasil já conta com 18 Polos de Agricultura Irrigada, que somam aproximadamente 1,5 milhão de hectares irrigados. De acordo com estudos realizados em parceria com a Esalq/USP, o país tem um potencial de expansão de até 53,4 milhões de hectares, sendo 26,69 milhões em áreas agrícolas e 26,72 milhões em pastagens em áreas já antropizadas e com oferta hídrica suficiente, segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

“Esses polos são fundamentais para destravar o crescimento da agricultura irrigada, especialmente em regiões que enfrentam desafios logísticos, de energia e de regularização ambiental. Com irrigação bem planejada, conseguimos produzir mais, com menos desperdício, o ano inteiro. Isso significa comida na mesa do povo, emprego no campo e desenvolvimento nas regiões mais vulneráveis”, afirma Antônio Guimarães Leite, coordenador-geral de Sustentabilidade de Polos e Projetos de Irrigação da SNSH.

Além disso, a iniciativa também está promovendo o diálogo entre os setores público e privado para adequar os normativos ambientais e facilitar o licenciamento de novas áreas irrigadas, sempre com foco na sustentabilidade e na governança da água. Um dos principais desafios identificados é a falta de monitoramento e de dados técnicos atualizados sobre os recursos hídricos, o que dificulta o planejamento e a autorização de novos empreendimentos agrícolas.

Potencial produtivo

Como ressalta Antônio, o trabalho realizado nos Polos Irrigados vai além do campo. “A agricultura irrigada está diretamente ligada ao combate à fome e à segurança alimentar. O Brasil só conseguiu sair novamente do Mapa da Fome graças a políticas públicas como essa, que olham para o potencial produtivo do nosso território com inteligência, técnica e compromisso social”, reforça.

Com a mobilização de lideranças locais, instituições de pesquisa e governos estaduais e municipais, o MIDR continua expandindo os Polos de Agricultura Irrigada e acompanhando a execução dos projetos prioritários. A meta é transformar o potencial hídrico do Brasil em desenvolvimento sustentável, inclusão produtiva e mais qualidade de vida para milhões de brasileiros.


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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional