Programa Cisternas se consolida como referência internacional ao integrar cesta de políticas da Aliança Global

Geral

O Programa Cisternas transcendeu as fronteiras do Brasil e se consolidou como uma referência internacional. A iniciativa do Governo Federal junto à sociedade civil, que combate a escassez hídrica e promove a segurança alimentar, integra a cesta de políticas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Dessa forma, a política pública serve de modelo para outros países no enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas e na busca pela erradicação da fome.

“O Programa Cisternas mostra como o Brasil exporta soluções sustentáveis”, reforçou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome presidente do Conselho da Aliança Global. “Ele fortalece não apenas a segurança hídrica, mas também a soberania alimentar”, completou.

Paraguai, Argentina, Bolívia, Quênia e Camarões já estabeleceram ou estão em vias de estabelecer cooperações técnicas com o Brasil. O objetivo destes países é aprender com a metodologia do programa e adaptar as tecnologias das cisternas às realidades locais, replicando um modelo que se provou historicamente eficaz em garantir água de qualidade, saúde e promover o desenvolvimento sustentável.

“O intercâmbio do Brasil com outros países é uma oportunidade de disseminar uma experiência bem-sucedida. Compartilhar essa tecnologia 100% brasileira, que é uma resposta às mudanças climáticas e a eventos extremos, é essencial”, destacou Vitor Santana, coordenador-geral de Acesso à Água do MDS. “É uma solução testada no Semiárido brasileiro e que pode ser adaptada em países com realidades climáticas similares, melhorando saúde, qualidade de vida e segurança hídrica”, prosseguiu.

No Quênia, técnicos brasileiros ajudaram a elaborar um projeto para implementar cisternas em escolas de regiões semiáridas, reduzindo a evasão e melhorando as condições nutricionais das crianças. Na América Latina, Paraguai e Bolívia adaptaram o modelo para comunidades rurais e indígenas, demonstrando a versatilidade da solução.

Reconhecimento Internacional

O programa também foi reconhecido por meio de premiações. Em 2017, conquistou o 2º lugar no Prêmio Internacional de Política para o Futuro da ONU, como uma das principais políticas de combate à desertificação, e foi destacado pela FAO como uma das melhores políticas públicas globais no combate à fome.

Como parte da Aliança Global, os países que queiram implementar o Cisternas, agora acessam recursos de bancos multilaterais como o BID e o Banco Mundial, que destinarão US$ 25 bilhões para iniciativas do portfólio.

No Brasil, a meta é implantar 220 mil cisternas até 2026, com uma previsão de investimento de R$ 2 bilhões. Entre 2023 e maio de 2025, foram entregues 68,4 mil tecnologias, incluindo cisternas e outras tecnologias sociais voltadas para o consumo humano e a produção de alimentos em comunidades no Semiárido, na Amazônia e na região Sul.

Assessoria de Comunicação – MDS

Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome