Diversidade do Brasil é ressaltada em encontro preparatório de povos e comunidades locais para a Conferência de Bonn

Meio Ambiente

A secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Edel Moraes, destacou a diversidade do Brasil como sede da COP30. “Somos um país de mais de 500 povos indígenas, rural e de povos quilombolas afrodescendentes”. A observação foi feita durante nesta quinta-feira (15/05), em Brasília, durante participação em evento que debateu a presença de povos e comunidades locais na Conferência de Bonn, a ser realizada na Alemanha, no mês de junho.

Ainda no encontro, a secretária ressaltou a criação da Comissão Internacional de Comunidades Tradicionais, Afrodescendentes e Agricultura Familiar, pela Presidência da COP30 para dialogar com segmentos da sociedade considerados fundamentais na questão climática. A iniciativa será oficialmente lançada no dia 28 de maio de 2025, durante o II Encontro Internacional Vozes Afrodescendentes da América Latina e Caribe rumo à COP 30.

“O objetivo é criar espaços de diálogo que contemplem atores fundamentais desses diversos segmentos, um propósito da Presidência da COP30, que anunciou a criação de quatro círculos de liderança”, afirmou.

Edel Moraes participou do painel que abordou as sinergias e avanços relacionados ao clima, biodiversidade e desertificação. O evento foi organização pelo Instituto Clima e Sociedade.

O evento teve como objetivo preparar representantes da sociedade civil para a Conferência de Mudanças Climáticas de Bonn, que será realizada entre os dias 16 e 26 de junho. A conferência servirá como um fórum para negociadores de diferentes países discutirem e avançarem em questões técnicas sobre mitigação, adaptação, financiamento e transparência, antes da COP30 em Belém, em novembro de 2025.

Momento de implementação

Segundo a secretária, após 29 conferências realizadas, com debates e construções, chega a hora da implementação. “Não temos mais tempo de fazer debate, todos os debates já foram feitos. Então, é o momento de ser a COP da implementação, em que a gente precisa ter ações concretas, porque não temos mais tempo, afirmou Edel Moraes. “Hoje, temos o desafio de conectar e se costurar e fazer um bom trabalho para enchermos as inovações concretas para nós”, encerrou.

Em sua participação, a secretária revisitou as conferências anteriores, destacando a das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, durante a Rio-92, conhecida como Cúpula da Terra. “Uma marca importante do Brasil na Rio 92 foi o forte engajamento da sociedade e dos movimentos sociais, que já se manifestava no contexto pós-Constituição de 1988”, lembrou.

Nesse encontro nasceram as chamadas três Convenções irmãs – Convenção sobre Mudança do Clima (UNFCCC); Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD); Convenção de Combate à Desertificação (UNCCD) -, que passaram a orientar os esforços mundiais para enfrentar os desafios ambientais mais urgentes da atualidade. “Vejam o elemento que conecta as 3 Convenções é justamente as pessoas”, destacou. Eldel Moraes falou, também, da Rio+20, a Cúpula dos Povos, em junho de 2012, cujo principal resultado foi a proposta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), inspirados nos Objetivos do Milênio, que partiram de uma iniciativa brasileira lançada no ano anterior e acabaram se consolidando como base da Agenda 2030 da ONU.

Assessoria Especial de Comunicação Social do MMA
imprensa@mma.gov.br
(61) 2028-1227/1051
Acesse o 
Flickr do MMA

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima