Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2022, 87% da população brasileira vive em áreas urbanas. Em nível mundial, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que 80% de todos os alimentos produzidos no mundo são consumidos em áreas urbanas.
Nesse cenário desafiador de acelerado processo de urbanização, foi criada, pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Estratégia Alimenta Cidades. Tendo como objetivo ampliar a produção, o acesso, a disponibilidade e o consumo de alimentos adequados e saudáveis, sobretudo entre populações em situação de vulnerabilidade e risco social que vivem em territórios periféricos, a ação abrange, atualmente, 60 municípios definidos como prioritários.
Nesta quinta-feira (22.05), durante palestra realizada na 26ª Marcha a Brasília em defesa dos Municípios, a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, anunciou que o MDS vai ampliar a ação para os 91 municípios mapeados, que correspondem às 27 capitais do país e cidades com mais de 300 mil habitantes, algumas com alto índice de população em situação de rua.
A partir do diagnóstico e da definição de prioridades que estão sendo sistematizadas em oficinas presenciais realizadas nas cidades, o MDS, juntamente com as os parceiros estratégicos, vai elaborar um conjunto de medidas e desenhar a chamada Rota de Implementação. São ações induzidas e apoiadas pelo Governo Federal que considerem o contexto específico dos territórios, voltadas à promoção da segurança alimentar e nutricional para garantir o acesso à alimentação adequada e saudável por parte das populações mais vulnerabilizadas que vivem nas áreas periféricas.
“A partir desse olhar para as cidades e da busca por estruturar programas que respondam aos desafios do ambiente urbano, o MDS criou a Estratégia Alimenta Cidades. Essa importante iniciativa considera as questões relacionadas às mudanças climáticas, os dados de má alimentação, excesso de peso e obesidade e o crescente processo de urbanização no país”, lembrou Rahal. “Com essa expansão, o Governo Federal deverá chegar a todos os municípios mapeados, com objetivo de garantir que as pessoas que moram nessas cidades tenham acesso a alimentos seguros saudáveis, nutritivos, baseados em práticas de produção sustentáveis, e que preservem os recursos naturais e a biodiversidade do planeta”, completou a secretária.
Desde 2024, a Sesan/MDS cumpre o papel de coordenar a Estratégia Alimenta Cidades. A ação conta com a colaboração do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Ministério das Cidades (MCID), no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e com a parceria do Instituto Comida do Amanhã. A governança da Estratégia em todos os entes federativos ocorre no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), sendo o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional a instância de controle social.
Também presente no evento, a secretária extraordinária de Combate à Fome do MDS, Luiza Trabuco, fez um resgate dos avanços do Plano Brasil Sem Fome e falou da importância do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) para a integração das ações entre as diferentes instâncias de governo.
Já a secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do Municípios de Belo Horizonte (MG), Darklane Rodrigues e o vice-prefeito e secretário de Assistência Social do município de Piatã (BA), Ronaldo de Souza, apresentaram suas experiências locais no tema e reforçaram a importância das ações integradas entre Governo Federal e municípios, frente ao desafio e o compromisso de garantir o direito humano à alimentação adequada e saudável a todas as pessoas.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
