MMA reúne municípios para apresentar sistemas de monitoramento do desmatamento e da degradação na Amazônia

Meio Ambiente

Nos dias 30 e 31 de julho, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) reuniu representantes de 68 municípios prioritários da Amazônia para apresentar sistemas de monitoramento e controle do desmatamento e degradação no bioma. Realizado em Manaus (AM), o encontro contou também com a participação de secretarias estaduais de Meio Ambiente, órgãos federais e instituições parceiras.

“Esse é mais um passo no avanço da implementação do Programa União com Municípios para a redução do desmatamento e da degradação florestal na Amazônia”, destacou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima. “Discutir e dialogar sobre temas como monitoramento, controle e gestão de informações sobre o uso do solo fortalece os municípios e os equipa com dados essenciais sobre o que está acontecendo em seus territórios. A ideia é trabalharmos juntos para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030”, completou.

Por meio do programa, o governo federal prevê investir R$ 780 milhões em ações como regularização ambiental e fundiária, assistência técnica para a produção sustentável, pagamentos por serviços ambientais e restauração agroflorestal. Com essas ferramentas, espera-se que os municípios possam reduzir em, pelo menos, 80% o desmatamento em seus territórios nos próximos três anos.

Durante o evento, os participantes passaram por uma capacitação técnica e uma imersão nos sistemas de monitoramento por satélite desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Foram apresentados o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) e o Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) e a Sala de Situação da plataforma TerraBrasilis.

O Inpe é um centro de excelência reconhecido internacionalmente por suas pesquisas em ciências espaciais e atmosféricas, engenharia espacial, meteorologia e observação da Terra por satélite, além de estudos sobre mudanças climáticas. Durante o encontro, o objetivo do instituto foi estreitar o relacionamento com os municípios e ampliar o uso das ferramentas técnicas disponíveis. “Fizemos uma verdadeira imersão nos dados gerados pelo Inpe e mostramos como acessá-los. Nosso intuito é que os municípios se apropriem dessas informações e as utilizem em seu cotidiano, seja na fiscalização, no planejamento ou na articulação com o governo federal”, explicou a pesquisadora e coordenadora do gabinete do Inpe, Lubia Vinhas.

Além de aprenderem a operar os sistemas de monitoramento do desmatamento e da degradação florestal, os representantes municipais destacaram a importância do diálogo direto com o governo federal. “Neste evento, estamos estreitando os laços com o governo federal. Nosso município enfrenta muitas dificuldades, então, estar aqui dialogando e buscando mais recursos é muito importante e estratégico para nossas ações”, afirmou o representante de Lábrea (AM), Zerisfran Bezerra da Silva.

O evento foi realizado em parceria com o Inpe, o Ibama e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Projeto Floresta+ Amazônia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

União com Municípios

Coordenado pelo MMA, o União com Municípios é uma iniciativa do governo federal voltada ao desenvolvimento sustentável e ao combate ao desmatamento e aos incêndios florestais na Amazônia. O programa atua em parceria com municípios prioritários, fortalecendo sua capacidade técnica e operacional para implementar ações educativas e preventivas, reduzir a degradação ambiental, promover a recuperação florestal produtiva e avançar na regularização ambiental e fundiária.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima