Nesta quarta-feira, 27 de agosto, o ministro da Educação, Camilo Santana, conheceu o projeto de engenharia do novo Campus Recife – Centro, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). O projeto, iniciativa da Prefeitura do Recife em parceria com o IFPE, instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), tem o objetivo de fortalecer a presença acadêmica e tecnológica no centro histórico da cidade.
As obras aguardam a entrega do projeto de reforma dos edifícios Trianon e Art Palácio, tombados pelo município e doados ao IFPE. Os prédios serão requalificados e restaurados para implantação da unidade. “Eu fico muito feliz e agradeço ao prefeito pela desapropriação da área e sua doação ao Instituto Federal. Essa iniciativa resgata um pouco do patrimônio histórico da cidade e investe na educação, um grande equipamento. Será um campus focado na área de tecnologia, mas também uma homenagem ao audiovisual pernambucano, estimulando jovens daqui e de outras regiões a ingressarem nesse setor”, celebrou Santana.
Durante a agenda, o ministro da Educação também assinou o termo de início de execução das obras do novo Campus Goiana do IFPE. As unidades integram a expansão dos mais de 100 novos campi de Institutos Federais pelo Brasil. Cada obra tem investimento de R$ 25 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Agenda – O ministro ainda visitou o Complexo Educacional da Mangabeira; anunciou o início da licitação do segundo Complexo Educacional do Recife – Complexo da Várzea; e recebeu a Medalha Massangana, outorgada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) a personalidades e instituições que contribuem significativamente para a educação, a cultura, a ciência e a vida pública do Brasil.
Concurso público – Na Fundaj, o ministro anunciou um concurso público para 92 vagas e mais de R$ 8 milhões para a produção de nova exposição no Museu do Homem do Nordeste, equipamento da fundação. Lá, Santana falou sobre a Carteira Nacional Docente, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional e será lançada em breve: “Vai ser uma carteira emitida pelo MEC para todos os professores do Brasil, com algumas vantagens: 15% de desconto em hotéis e cartão de crédito sem anuidade. Estamos trabalhando para acrescentar outros incentivos, de forma a fomentar uma cultura de reconhecimento da importância do professor neste país”.
Novos campi – O projeto do Campus Recife – Centro propõe uma ocupação contemporânea, aberta e flexível, rompendo com modelos institucionais tradicionais. A implantação do campus privilegia ambientes colaborativos, multiuso e de integração, valorizando a preservação do patrimônio associado a um programa acadêmico inovador.
Os edifícios contarão com espaços como salas de reuniões; laboratórios; restaurante estudantil; cabines de estudo; espaços maker; estúdio de gravação; sala de audiovisual; terraço; e cafeteria. Os espaços conectam-se à malha urbana do centro histórico, facilitando o acesso do público e promovendo a reativação urbana das áreas de entorno.
Já as obras do Campus Goiana serão iniciadas em breve, com previsão de conclusão entre nove e 12 meses após a data de início da construção. Do total investido para cada campus do IFPE, R$ 15 milhões são destinados à construção e R$ 10 milhões à aquisição de equipamentos.
Além dessas duas unidades em implantação, o IFPE tem mais dois novos campi no plano de expansão: Santa Cruz do Capibaribe e Bezerros. O Novo PAC também prevê a criação de novas unidades no Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE), em Águas Belas e Araripina, totalizando seis novos campi de Institutos Federais em Pernambuco.
O Novo PAC destina, ainda, R$ 52 milhões para a melhoria da infraestrutura dos campi do IFPE existentes. Desse montante, o MEC já repassou R$ 17,4 milhões à instituição. O investimento contempla a construção de dez restaurantes estudantis, biblioteca e sedes próprias da reitoria e do Campus Olinda, entre outras ações.
Atualmente, o IFPE conta com 16 campi, que ofertam 235 cursos para 27.454 estudantes matriculados e têm, em seu quadro de profissionais, 1.204 docentes, além de 902 técnicos administrativos em educação.
Complexos Educacionais – Construído em 2024, o Complexo Educacional da Mangabeira foi inaugurado em fevereiro de 2025. Com a obra, a unidade foi ampliada de 12 para 20 salas de aula e hoje passa a oferecer turmas em tempo integral, atendendo 970 estudantes. O complexo é a maior escola da rede municipal do Recife e atende desde o berçário, passando por toda a educação infantil (creche e pré-escola), até o ensino fundamental (1º ao 9º ano). Compõem a unidade a Creche Escola da Mangabeira, a Escola Municipal de Tempo Integral da Mangabeira e uma quadra poliesportiva.
Entre 2023 e 2025, o MEC investiu R$ 49,3 mil no complexo por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, voltado para iniciativas como: Escolas Conectadas, Escola e Comunidade, Cantinho da Leitura, entre outras.
“Temos uma parceria para realização de novas obras para construção de creches e escolas aqui no Recife, além dos investimentos destinados a programas para alfabetização, educação em tempo integral e para o Pé-de-Meia”, explicou o ministro Camilo Santana. “Recife é referência hoje no Brasil para a garantia de vagas de creche para crianças. Isso é motivo de parabenização, porque é direito de uma mãe, que tem que sair para trabalhar, poder deixar seu filho em um lugar seguro, com profissionais da educação bem-preparados”, completou.
O segundo complexo educacional do Recife a ser construído é o Complexo da Várzea, que prevê a entrega de uma escola de tempo integral e uma creche de educação infantil. A escola de tempo integral contará com 18 salas de aula. A unidade terá um investimento total de R$ 11,4 milhões, dos quais R$ 10,2 milhões serão repassados pelo MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A escola pretende atender a demanda de expansão de novas vagas de 558 alunos e atenderá crianças de 6 a 14 anos.
A creche está em processo de licitação das obras. A unidade pretende beneficiar 262 crianças com idade entre 3 e 5 anos, com um investimento de R$ 5,9 milhões, dos quais R$ 5,3 milhões serão repassados pelo FNDE e R$ 590,4 mil pelo estado.
Novo PAC – A soma dos recursos do Novo PAC investidos em Pernambuco chega a R$ 1,5 bilhão. Além do orçamento destinado a ações de consolidação e expansão da educação profissional e tecnológica, no valor de R$ 221,8 milhões, serão contempladas outras etapas e modalidades de educação. A educação superior recebe um aporte R$ 263,2 milhões, também para consolidação e expansão de campi na região. No total, as obras do Novo PAC em institutos e universidades federais de Pernambuco beneficiarão 23 municípios. E para a educação básica, estão sendo repassados R$ 1 bilhão, que possibilitarão a construção de 45 escolas de tempo integral e 130 creches, além da compra de 162 ônibus, beneficiando 165 cidades.
Resumo | Mais educação para Pernambuco
Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da Secretaria de Educação Básica, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e do FNDE
Fonte: Ministério da Educação