Brasília (DF) — O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) apresentou, nesta terça-feira (16), o modelo de concessão administrativa do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) em encontro promovido pela Embaixada Britânica em Brasília, no âmbito do programa de cooperação Green Cities, Infrastructure and Energy Programme (GCIEP). A iniciativa faz parte do esforço dos governos do Brasil e do Reino Unido para criar um Centro de Excelência em Parcerias Público-Privadas, coordenado pelo National Infrastructure and Service Transformation Authority, com foco no fortalecimento do engajamento entre os dois países.
Nesse contexto, o secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, detalhou que o PISF já foi apresentado internacionalmente em outras oportunidades — como no Benchmarking Internacional Saneamento e Resíduos Itália–Portugal, realizado entre abril e maio. “Estamos buscando percepções e aprimoramentos no projeto de concessão, inclusive por meio dessa interação com o governo do Reino Unido. Podemos atrair parceiros, não só para participar do leilão do projeto, como também para futuros financiamentos”, afirmou o secretário.
De acordo com o BNDES (instituição responsável pelo modelo de concessão administrativa da transposição), o projeto está em fase final de análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e o edital de licitação será publicado entre os meses de outubro e novembro deste ano. O leilão está previsto para ocorrer em fevereiro e a assinatura do contrato em maio de 2026.
PISF
O PISF é a maior obra de infraestrutura hídrica do País e garante a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios de regiões onde a estiagem é frequente. Caberá à concessionária prestar serviços de operação e manutenção dos Eixos Norte e Leste da transposição, além dos Ramais do Apodi e do Piancó.
A transposição tem 477 quilômetros de extensão, contando com treze aquedutos, nove estações de bombeamento, 28 reservatórios, nove subestações de energia, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
