Diversas propostas para o enfrentamento às mudanças climáticas estão sendo defendidas pelo governo do Estado e parceiros, na 5º Conferência Nacional do Meio Ambiente, que ocorre em Brasília. O evento é promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e tem como tema o enfrentamento à emergência climática e o desafio da transformação ecológica.

O Acre conta com 20 propostas, definidas nas conferências locais, e está contribuindo com a definição de novas proposições durante reuniões de trabalho que ocorrem durante o evento nacional, juntamente com demais estados e o Distrito Federal. Ainda nesta quinta-feira, 8, as iniciativas estão sendo votadas para definição das 100 que subsidiarão a política nacional de meio ambiente. O resultado sairá nesta sexta-feira, 9.
As propostas abrangem cinco eixos temáticos: Mitigação, Preparação e Adaptação para Desastres, Justiça Climática, Transformação Ecológica e Governança e Educação Ambiental.
“Todas as nossas propostas definidas na etapa estadual e enviadas ao Ministério do Meio Ambiente, assim como as que estamos ajudando a construir agora, têm ênfase nas preocupações ambientais e necessidades do Acre, alinhadas às necessidades do país. Assim, estamos contribuindo com a definição das políticas nacionais e, ao mesmo tempo, ajudando o nosso estado”, afirmou a gestora adjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Renata Souza, que participa dos debates.
A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente conclui um processo de debates que começou pelos municípios e estados.
“O governo do Acre apoiou as conferências de meio ambiente municipais, cujas propostas, após consolidadas pelo MMA, foram analisadas e aprimoradas na conferência estadual. Na etapa nacional, estamos analisando e priorizando aquelas que integrarão as 100 nacionais”, explicou a assessora de governança participativa da Sema, Silvia Uszacki, também no evento.
Municípios
Também presente, a secretária de Meio Ambiente de Porto Walter, Zenaide Nogueira de Holanda, destacou a importância da parceria com o governo do Estado e o MMA para avanços no enfrentamento aos impactos climáticos. Exemplificou com as recentes crises ambientais ocorridas no Acre, incluindo seu município, como as recentes e históricas seca e enchente. “Movidos por essa necessidade, estamos participando da conferência nacional para encontrarmos alternativas para contornar essa situação”, disse.
A oportunidade também foi destacada por Aline Paiva Martins, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Rio Branco. Ela lembrou que a capital acreana também sofre com os extremos climáticos e ressaltou a expectativa de aprovação de propostas “viáveis e acessíveis àquelas pessoas que estão sendo afetadas por essa mudança do clima, para que cheguem a quem precisa”.
O Acre tem 12 delegados com direito a voto – além de suplentes – na conferência nacional, representantes dos setores público e privado, da sociedade civil, dos povos originários e comunidades tradicionais. Eles são oriundos da conferência estadual do meio ambiente e das conferências livres realizadas no estado.
Sociedade
Entre esses delegados está o estudante de Psicologia da Universidade Federal do Acre, João Paulo Fonseca, que participou da organização da conferência livre realizada pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão da Ufac. Sua expectativa, disse, é a aprovação de propostas “relacionadas à educação popular e fortalecimento comunitário, além da criação de um fórum para desastres climáticos”.
A conferência nacional encerra nesta sexta-feira, quando serão divulgadas as iniciativas eleitas para embasar as políticas de meio ambiente no país.
Fonte: Governo AC