O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), participou, nesta quinta-feira, 10, em Brasília (DF), do Workshop de Comunicação da Amazônia Brasileira para a COP3, a ser realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).
O evento foi promovido pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) para os representantes dos estados subnacionais que fazem parte da Câmara Setorial de Comunicação.
A secretária de Comunicação do Acre e coordenadora da Câmara Setorial de Comunicação do CAL, Nayara Lessa, ressaltou a importância estratégica da participação no workshop, evento que reúne comunicadores públicos, especialistas e lideranças das regiões para fortalecer a narrativa amazônica nos cenários nacional e internacional.
”Torna-se fundamental que os estados da Amazônia Legal estejam preparados para comunicar com precisão, sensibilidade e protagonismo as pautas ambientais, sociais e econômicas da região. Precisamos garantir que as vozes dos povos amazônidas sejam ouvidas com legitimidade nos fóruns globais, alinhar estratégias de comunicação entre os estados da Amazônia, promovendo uma narrativa conjunta, potente e unificada. Além disso, é preciso reforçar o papel do Acre como referência em políticas sustentáveis, bioeconomia e conservação e preservação ambiental”, afirmou a gestora.
Ainda pelo Acre estavam presentes as jornalistas Renata Brasileiro, diretora de Comunicação da Secom, e Janine Brasil, assessora de Comunicação do Imac.
Pelo menos 30 profissionais do setor de comunicação que fazem parte dos estados e atuam especificamente no nicho da agenda ambiental participaram do evento.
A diretora executiva do CAL, Vanessa Duarte, reforçou que a Amazônia precisa mostrar seu protagonismo e a importância da sua história durante a COP.
“A COP é uma agenda do consórcio desde 2019, desde que ele existe. Governos subnacionais só vêm reforçar essa atuação. O CAL vem crescendo e se fortalecendo cada vez mais com o apoio dos governadores. Gostaria de reforçar que a participação de vocês aqui é um reforço e um fortalecimento dessa agenda que é tão importante para o mundo.
O workshop debateu temáticas como as Estratégias Conjuntas da Amazônia Brasileira para a COP30, com uma reunião da Câmara Setorial de Comunicação para Consolidação de ações conjuntas da Amazônia Brasileira para a conferência, além de um painel temático sobre Comunicação Conjunta e Ambiental na Organização das Nações Unidas (ONU) e o Tak Inspirador: Jornalismo Ambiental.
Ao longo do evento, os participantes fizeram uma imersão, oportunizando debates relacionados ao protagonismo amazônico, pioneirismo global, visibilidade internacional, combate à desinformação, valorização da cultura e das comunidades locais, soluções amazônicas para problemas globais e produção e distribuição de conteúdo internacional.
Grupos de Trabalho
Na parte da manhã, os participantes se dividiram em três grupos de trabalho (GTs) objetivando alinhar as tratativas relacionadas a como os estados comunicarão as temáticas específicas e conjuntas de forma unilateral, com uma linguagem de fácil entendimento para subsidiar os jornalistas que realizarão a cobertura da COP30.
Os grupos foram subdivididos em: Estratégias Conjuntas e Inovação, Imprensa Internacional e Produção de Conteúdo, e Gestão de Crise.
Pela tarde, Luciano Milhomem, coordenador de Comunicação da ONU, palestrou e explicou a atuação da organização, sobre como ela pode ser usada para agregar conhecimento e reunir estratégias, a fim de mitigar os impactos das mudanças climáticas, e na agenda ambiental, de forma real e focada em resultados, e ressaltou a importância de seus povos originários.
“As mudanças climáticas são reais, e precisamos comunicar de forma unificada e integrada; focar em uma comunicação unilateral para mitigar os impactos das mudanças climáticas, além de mostrar a atuação da ONU nessa temática”, afirmou.
O jornalista do Grupo RBS e especialista em jornalismo ambiental, Rodrigo Lopes, apresentou o painel com a temática “Talk Inspirador: Jornalismo”.
Em sua apresentação, ele falou sobre a importância do domínio das informações e de uma comunicação eficaz em relação ao nicho ambiental.
“Quando se fala em meio ambiente a informação precisa ser do local ao global e vice e versa, pois os impactos, os problemas, as possíveis soluções, dizem respeito a todos. Então, é preciso saber fazer jornalismo; tentar mostrar para as pessoas que o meio ambiente toca a vida delas e atinge diretamente a forma como vivem. Quem comunica o meio ambiente precisa estudar, ter conhecimento de geopolítica, geocientífico, siglas, instituições. São muitos conceitos técnicos que precisam ser desenhados para que a população do mundo possa entender quais são os impactos reais das mudanças climáticas para todos”, falou.
Fonte: Governo AC