AgroAmigo chega no Norte e no Centro-Oeste para ficar, diz Waldez

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Brasília (DF) – A expansão do programa do Governo Federal de microcrédito produtivo orientado para pequenos produtores, o AgroAmigo, para as regiões Norte e Centro-Oeste foi tema da entrevista do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no programa Bom Dia, Ministro, da EBC, nesta quinta-feira (28). A política pública visa garantir que comunidades indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e agricultores familiares tenham acesso efetivo a crédito e assistência técnica.

Com orçamento reforçado em R$ 1 bilhão dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO), a iniciativa busca beneficiar mais de 100 mil famílias. É a primeira vez que os recursos do FNO e do FCO, anteriormente restrito a médias e grandes empresas, são utilizados para atender pequenos produtores.

Waldez Góes também ressaltou que a intenção é aumentar ainda mais o recurso disponível para as operações. “O microcrédito veio para ficar. No ano que vem, o Banco da Amazônia prevê operar R$ 1 bilhão e meio. E nós vamos operar R$ 1 bilhão pela Caixa Econômica. Então, no ano que vem, só na Amazônia, vai chegar em torno de 2 bilhões e meio de reais de microcrédito”, projeta o ministro.

Os valores de crédito variam conforme o perfil do beneficiário: R$ 8 mil para jovens (18 a 29 anos), R$ 12 mil para homens e R$ 15 mil para mulheres, com possibilidade de somar R$ 35 mil por propriedade ao ano. Os recursos podem ser usados para investimento em infraestrutura produtiva — como construção de reservatórios, armazéns, sistemas de irrigação, recuperação de pastagens, aquisição de matrizes e reprodutores, ou montagem de pequenas agroindústrias — e também para custeio de despesas do dia a dia, como compra de sementes, adubos e ração.

De acordo com o ministro, os recursos contam com garantias do próprio fundo constitucional e estão associados a políticas de apoio à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), assegurando a compra da produção. “O presidente Lula determinou que o crédito chegue à mão de todos. Não basta produzir: é preciso garantir que haja mercado e renda para essas famílias”, reforçou.

Acesso facilitado

O ministro Waldez Góes explicou que a expansão para o Norte e Centro-Oeste foi pensada para superar barreiras logísticas que antes dificultavam o acesso ao crédito nessas regiões. “As dificuldades que antes poderiam ser barreiras, como distâncias, rios, ramais, igarapés, agora temos tecnologia para isso. Temos parceiros institucionais”, ressaltou Góes.

O programa adota a estratégia de mutirões de crédito e conta com agentes de campo habilitados pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia. O objetivo é reduzir a burocracia e aproximar as políticas públicas dos cidadãos, garantindo que o beneficiário saia com o crédito contratado e já pronto para produzir.

O acesso ao crédito é feito por meio do aplicativo Conquista+. Após abrir a conta, o agricultor solicita o atendimento de um agente de crédito credenciado, que acompanha todo o processo, da proposta à liberação do recurso, inclusive com visitas às comunidades e propriedades. Cooperativas, associações e sindicatos agrícolas também podem orientar e apoiar na solicitação. “Criamos várias possibilidades para a pessoa acessar o crédito”, ressaltou Waldez Góes. “Se um produtor mora próximo a uma agência bancária, ele pode ir diretamente; se mora longe, ele entra no aplicativo ou participa de um mutirão e um operador de crédito vai até ele. O importante é que o crédito chegue de forma rápida e desburocratizada, permitindo que o agricultor planeje, produza e tenha retorno”, explicou o ministro.

Nova rota marítima

Durante a entrevista, Waldez Góes também falou sobre a chegada do primeiro navio da nova rota entre a China e a Amazônia, no próximo sábado (30). A embarcação vinda do Porto de Gaolan, em Zhuhai, um dos principais terminais da Grande Baía e ponto estratégico para o fortalecimento do comércio com o Brasil, vai atracar no Porto do Amapá. A nova conexão vai reduzir drasticamente o tempo de transporte entre a Amazônia e a China, fortalecendo o comércio internacional com foco no desenvolvimento regional, bioeconomia e integração produtiva.


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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional