A alimentação é um direito humano fundamental. Guiado por este valor, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) integra uma rede que articula e promove políticas de segurança alimentar e nutricional para a população em vulnerabilidade. Um dos principais equipamentos desta rede são os bancos de alimentos, que abastecem de forma gratuita instituições que atuam para garantir e fortalecer a dignidade dessas famílias.
Os bancos de alimentos possuem como principais atividades a captação, recepção, seleção e distribuição de alimentos provenientes de diferentes fontes. No Distrito Federal, a iniciativa Sesc Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc), é uma referência no combate à fome e ao desperdício de alimentos.
A partir de doações para instituições socioassistenciais, o programa do Sesc estimula a responsabilidade social e a solidariedade, conforme destacou a coordenadora do Mesa Brasil no DF, Cláudia Vilhena.
“Nós temos vários doadores, são os mercados de atacado e varejo, cooperativas e associação de produtores rurais, indústria, pessoa física, produtores de evento, empresários em geral. Nós estamos, ao todo, com 123 parceiros doadores sistemáticos, que sempre estão doando para a gente”, pontuou.
O Sesc Mesa Brasil atende no Distrito Federal a 366 instituições que possuem cozinha e que, com isso, podem preparar as refeições. São estruturas como abrigos, casas de passagem, asilos, escolas, creches e instituições de contraturno escolar. Os principais gêneros alimentícios recebidos e encaminhados para esses lugares são hortifrutis, arroz, feijão, macarrão e farinha.
“O que a gente faz é uma complementação com alimentos nutritivos à alimentação da população em situação de vulnerabilidade social e nutricional. A gente quer melhorar a qualidade dessa alimentação, quer que as pessoas tenham maior valor nutritivo naquilo que consomem”, explicou a coordenadora do Mesa Brasil no DF.
Combate ao desperdício
Uma das premissas do programa é o combate ao desperdício de alimentos. Muitos dos alimentos retirados das gôndolas dos supermercados perdem valor comercial, mas não o valor nutricional – a exemplo da maçã ou banana que apresentam algum machucado causado por queda, mas que, após serem higienizadas, não estragaram e podem ser consumidas.
“Nós temos nove veículos, entre caminhões, vans e furgão que, diariamente, estão fazendo roteiros nas lojas de supermercado recolhendo esses produtos que foram tirados da gôndola. Tudo que entra de manhã no banco de alimentos é doado à tarde, e o que entra à tarde é doado pela manhã do dia seguinte”, contou Cláudia Vilhena.
O Governo Federal, por meio do MDS, está implementando uma estratégia intersetorial para reduzir o desperdício e as perdas de alimentos, com o objetivo de fortalecer e promover ainda mais a segurança alimentar e nutricional e combater a fome.
A estratégia envolve diversos atores e aborda o desperdício em todas as etapas da cadeia econômica, da produção ao consumo. A iniciativa segue a meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que busca reduzir pela metade o desperdício alimentar até 2030.
O MDS coordenou o processo de revisão e atualização da II Estratégia Intersetorial para a Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos no Brasil, concluído no final de 2024, com a aprovação do documento pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
A redução das perdas e desperdício de alimentos (PDA), em contexto global de crise climática, é uma oportunidade de ganhos múltiplos: para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa; para o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional; para a preservação da biodiversidade e sustentabilidade dos sistemas agroalimentares.
A II Estratégia Intersetorial para a Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos parte do pressuposto de que a temática dos sistemas alimentares circulares cria condições para ampliar o acesso da população brasileira, principalmente o segmento de baixa renda, a uma alimentação mais saudável, baseada em alimentos in natura ou minimamente processados.
One Planet
O papel dos equipamentos de segurança alimentar e nutricional e a importância do investimento em políticas que garantam o direito à alimentação serão alguns dos temas debatidos na edição deste ano da conferência One Planet. O evento será realizado em Brasília, entre os dias 27 e 29 de maio e reunirá especialistas, decisores políticos, representantes de governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil.
A edição deste ano debaterá os desafios em torno do tema: “Superando os obstáculos à transformação dos sistemas alimentares – Políticas coerentes e soluções sensíveis à equidade para combater simultaneamente a fome e a desnutrição, a perda de biodiversidade e a crise climática”.
Durante o evento, entre a programação prevista, será feito o lançamento oficial da II Estratégia Intersetorial para a Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos e uma visita à experiência do Sesc Mesa Brasil no DF.
SERVIÇO – Conferência One Planet
Data: 27 a 29 de maio de 2025.
Tema: “Superando os obstáculos à transformação dos sistemas alimentares – Políticas coerentes e soluções sensíveis à equidade para combater simultaneamente a fome e a desnutrição, a perda de biodiversidade e a crise climática”.
Objetivo: Apresentar soluções práticas que possam ser adaptadas e replicadas em diferentes contextos para impulsionar a transformação dos sistemas alimentares, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome