Brasil retoma venda de carne de frango para a Malásia e abre seis novos mercados

Mundo Política

Foto: Divulgação

Anúncio foi feito após reunião entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o representante dessa pasta na Malásia, Mohamad Sabu

O Governo do Brasil anunciou nesta sexta-feira, 24 de outubro, a retomada do comércio de carne de frango com a Malásia e a abertura de seis novos mercados para produtos agropecuários nacionais. As medidas são resultado de missão liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Sudeste Asiático, entre os dias 23 e 28 de outubro.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar da Malásia, Mohamad Sabu. Na ocasião, discutiram a reabertura do mercado malaio para a carne de frango brasileira, suspenso em razão de medidas sanitárias relacionadas à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

“Chegamos da Indonésia à Malásia e viemos direto para o Ministério da Agricultura malaio, onde realizamos a primeira reunião bilateral com ótimas notícias. A principal delas é a retomada do comércio de frango brasileiro com a Malásia, um processo que poderia levar 12 meses, mas conseguimos antecipar para apenas três”, destacou Fávaro.

Novos mercados

O encontro também resultou na ampliação do acesso de novos produtos brasileiros ao mercado malaio. O governo da Malásia autorizou a importação de pescados extrativos e de cultivo, gergelim, melão e maçã, além de formalizar a abertura do mercado para ovos em pó e antecipar a missão de auditoria que avaliará 16 plantas brasileiras de carne suína. Com isso, o Brasil reforça seu papel como parceiro estratégico na segurança alimentar global.

Comércio bilaterial

Em 2024, o comércio bilateral entre Brasil e Malásia alcançou US$ 487,2 milhões, sendo US$ 346,4 milhões em exportações brasileiras e US$ 140,9 milhões em importações. A Malásia ocupa a 23ª posição entre os principais destinos das exportações do Brasil.

No agronegócio, o Brasil exportou US$ 1,26 bilhão em 2024, com destaque para açúcar de cana em bruto, milho e algodão.