Brigadistas do Ibama e ICMBio participam do desfile de 7 de setembro em Brasília

Meio Ambiente

Brigadistas florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participaram do desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Independência neste domingo (7/9), em Brasília (DF). É a primeira vez que os profissionais, em sua maioria indígenas, quilombolas e representantes de povos e comunidades tradicionais, integram a programação do evento, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de outros ministros e autoridades.

Os 34 brigadistas carregaram equipamentos utilizados nas ações realizadas pelo Ibama e ICMBio, como sopradores, bombas-costais, roçadeiras e instrumentos do tipo pinga-fogo. Também utilizaram oito automóveis empregados nas operações, como caminhões Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF), caminhonetes, quadriciclos e veículos utilitários multitarefas.

O grupo representa o contingente de 4.385 brigadistas florestais contratados pelo Ibama (2.600) e ICMBio (1.785) neste ano, o maior da história e 26% superior ao de 2024. Eles são responsáveis por executar medidas de prevenção aos incêndios, como as queimas prescritas, realizadas de maneira controlada na época chuvosa para evitar que o fogo se alastre na estação seca, e as operações de combate em diferentes regiões do país.

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Grupo representa o contingente de 4.385 brigadistas florestais contratados pelo Ibama (2.600) e 1.785 do ICMBio em 2025.

“Os brigadistas integram o grupo de servidores e servidoras que fazem o heróico trabalho da proteção ambiental do Brasil. Atuam na linha de frente, combatendo incêndios florestais em todos os nossos biomas”, afirmou a ministra Marina Silva. “Com coragem e determinação, durante o período de estiagem, enfrentam diariamente as ameaças do fogo para proteger nosso patrimônio natural, povos indígenas e comunidades locais, com o objetivo de garantir um futuro mais seguro e sustentável para todos os brasileiros e brasileiras.”

Graças ao trabalho dos brigadistas, que faz parte de um conjunto de ações implementado pelo governo federal em parceria com estados e municípios, e a condições climáticas menos severas, houve redução de 71,7% nas áreas queimadas no país de janeiro a agosto de 2025 na comparação ao período anterior, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ).

“É muito bom ver o carinho do público brasileiro com o Prevfogo que arrisca sua vida para defender nossas florestas”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

O presidente do ICMBio, Mauro Pires, destacou que os brigadistas realizam “papel importantíssimo” e enfrentam, muitas vezes, condições adversas em campo. “É fundamental,  portanto, que a sociedade reconheça esse esforço e valorize esses guerreiros em defesa da vida”, pontuou.

Com o tema central “Brasil Soberano”, o desfile de 7 de setembro de 2025 foi estruturado em três eixos temáticos – Brasil dos Brasileiros, COP30 e Novo PAC, e Brasil do Futuro – e contou com a programação tradicional das tropas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Forças Aéreas). 

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Mascote do Prevfogo do Ibama participou do evento junto aos brigadistas.

O mascote do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, o tamanduá Labareda, participou do evento junto aos brigadistas. 

O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima, parabenizou os ubrigadistas pelo trabalho em defesa do Brasil. “Patriotismo e soberania se faz também com cuidado com nossos biomas”, enfatizou.

Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo

As atividades desempenhadas pelos brigadistas são parte importante da nova governança implementada por meio da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF), central para transformar o Brasil em um país resiliente ao fogo diante dos desafios impostos pela mudança do clima.

Criada pela Lei nº 14.944/2024, sancionada pelo presidente Lula em 31 de julho de 2024, a PNMIF é gerida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e busca estabelecer a coordenação entre governo federal, estados, municípios, setor privado e sociedade civil para fortalecer e ampliar medidas de prevenção, preparação e controle de incêndios. 

A política tem o objetivo de reduzir a incidência e os danos causados pelos incêndios florestais ao mesmo tempo em que reconhece o papel ecológico do fogo em determinados ecossistemas e valoriza os saberes tradicionais de manejo.

Como parte da execução da PNMIF, houve a contratação de sete novos helicópteros para uso do Ibama em ações de enfrentamento aos incêndios e desmatamento, aos quais se somarão mais quatro até o início de agosto, elevando para 11 a quantidade de aeronaves à disposição do instituto. A renovação da frota aumenta em 75% a capacidade de transporte de agentes e brigadistas, em 40% a quantidade de horas de voo por ano e em 133% a capacidade de lançamento de água.

Além disso, desde 2023, o Fundo Amazônia aprovou R$ 405 milhões para apoiar os Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal na prevenção e combate a incêndios florestais. Destes, já foram contratados 370 milhões. São projetos no valor de R$ 45 milhões cada para Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins e de aproximadamente R$ 21 milhões e R$ 34 milhões para Acre e Rondônia, respectivamente.

Pela primeira vez, o Fundo Amazônia apoiará também ações de prevenção e combate a incêndios em estados fora da Amazônia, no Cerrado e Pantanal. Neste mês, foram aprovados R$ 150 milhões para os Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal. O projeto, de autoria do MJSP, foi apresentado por meio de um trabalho interministerial.

Outro instrumento importante para fortalecer as execução da PNMIF é a Lei 15.143/2025, sancionada em junho, que amplia a capacidade de respostas aos incêndios florestais, permite a transferência de recursos diretamente do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) para estados e municípios e garante mais agilidade na contratação de brigadistas, reduzindo o intervalo da sua recontratação para três meses. A lei permite ainda o uso de aeronaves estrangeiras em emergências ambientais.

Em setembro do ano passado, o presidente Lula também assinou o Decreto nº 12.189, que aumenta as punições por incêndios florestais no país.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima