Casa da Mulher Brasileira de Ananindeua (PA) recebe treinamento para implantação do Sistema UNA

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A Casa da Mulher Brasileira de Ananindeua, no Pará, iniciou nesta semana o processo de implantação do Sistema UNA   ferramenta digital desenvolvida pelo Ministério das Mulheres em parceria com a Dataprev para qualificar e integrar o atendimento a mulheres em situação de violência. Entre 24 e 27 de junho, profissionais da unidade participaram do treinamento conduzido pela equipe do MMulheres, órgão responsável pela implementação nacional da plataforma, já em funcionamento nas unidades de São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO) e Campo Grande (MS).

Lançado no final de 2024, o Sistema UNA é uma plataforma de gestão e monitoramento que permite o registro integrado dos atendimentos e a comunicação entre os diversos serviços da Casa da Mulher Brasileira – como delegacia, juizado, Defensoria Pública, Ministério Público e rede de assistência social. O objetivo é assegurar um fluxo mais ágil, eficiente e seguro de informações, além de subsidiar a formulação de políticas públicas com base em dados qualificados.

“O Sistema UNA fortalece a atuação integrada dos serviços, evita a revitimização e assegura mais agilidade no encaminhamento dos casos. É uma ferramenta fundamental para garantir acolhimento humanizado e respostas efetivas diante da violência. A implantação do sistema, assim, representa um avanço importante na modernização da rede de proteção”, afirmou Simone Souza, coordenadora-geral de Prevenção à Violência contra Mulheres, da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (Senev/MMulheres).

Com o novo sistema, o histórico de atendimento poderá ser acessado por toda a rede de apoio de forma segura, rápida e mediante o consentimento da vítima. Essa integração evita a chamada “revitimização”  quando a mulher precisa repetir sua história diversas vezes – e proporciona um acolhimento mais eficiente e humanizado.

A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Ananindeua, Lediany Atayde, acompanha de perto o processo de implantação e destaca a importância do treinamento. “Estamos alinhando fluxos, rotinas e responsabilidades para oferecer um serviço ainda mais qualificado. O UNA vai nos ajudar a melhorar o tempo de resposta e tornar o atendimento mais acolhedor e resolutivo para cada mulher que chega até nós”, explicou.

O treinamento abrangeu aspectos técnicos da plataforma, práticas de registro, organização de fluxos interinstitucionais e orientações sobre segurança da informação, conforme os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As atividades foram acompanhadas por Andréa Henrique Campos da Fonseca, da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação do Ministério das Mulheres.

Com a implantação do UNA, a Casa da Mulher Brasileira de Ananindeua avança na construção de um atendimento mais integrado, moderno e comprometido com a proteção e o empoderamento das mulheres em situação de vulnerabilidade. A expectativa é que o sistema seja expandido para todas as unidades da Casa da Mulher Brasileira nos próximos meses, consolidando uma política nacional de enfrentamento à violência baseada em evidências, integração e cuidado.

Rede de Atendimento

O Sistema UNA faz parte de uma série de ações que o Ministério das Mulheres vem desenvolvendo para o aprimoramento das Casas da Mulher Brasileira, no âmbito do Programa Mulher Viver Sem Violência (Decreto 11.431/2023) e do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios (Decreto 11.640/2023).

Atualmente, 11 Casas da Mulher Brasileira estão em funcionamento no país: Campo Grande/MS, Fortaleza/CE, Ceilândia/DF, Curitiba/PR, São Luís/MA, Boa Vista/RR, São Paulo/SP,  Salvador/BA, Teresina/PI, Ananindeua/PA e Palmas/TO, sendo que as últimas quatro foram inauguradas sob a gestão do Ministério das Mulheres. Outras 31 unidades estão em implementação em diferentes fases. Para o acompanhamento de cada uma delas, o Ministério das Mulheres disponibiliza o Painel de Monitoramento com fotos, dados, valor investido em cada unidade e a previsão para a próxima etapa de execução.

Fonte: Ministério das Mulheres