Conferência Nacional debate políticas de saúde para trabalhadoras e trabalhadores em Brasília

Geral

O Ministério das Mulheres marcou presença na abertura da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), realizada em Brasília. O evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e promovido pelo Ministério da Saúde, tem como tema central “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano” e reúne mais de 3 mil pessoas, entre entre profissionais de diversas áreas, gestores, membros de Conselhos de Saúde e de Controle Social, além de movimentos sociais e sindicais para debater, propor e deliberar diretrizes que reforcem a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Durante a mesa de abertura, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a importância do espaço para fortalecer políticas públicas que garantam dignidade e direitos às trabalhadoras e aos trabalhadores. “Não queremos trabalho precarizado. Queremos que vocês tenham absoluta dignidade e compromisso ético e político em todos os locais de trabalho e espaços sócio-ocupacionais deste país. Queremos um Brasil cada dia mais democrático, forte e que zela pela vida das pessoas. Que as trabalhadoras e os trabalhadores sintam alegria, paixão, respeito e dignidade em cada ação que realizarem em defesa de um Estado democrático e de direito”, afirmou. 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recordou a construção do SUS e outras políticas. “Eu me lembro como se fosse hoje do dia que tive a oportunidade de assinar, em 2012, quase mais de 20 anos depois da construção do SUS, a nossa Política Nacional de Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. Depois, a criação do Cerest, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, que hoje já chegam a mais de 227”, declarou.

A mesa de abertura contou ainda com a presença da presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, além de representantes de organizações internacionais e trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias. 

Eixos de debate

A conferência está estruturada em três eixos fundamentais:

  • Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora;

  • As novas relações de trabalho e a saúde do trabalhador e da trabalhadora;

  • Participação popular na saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras para o Controle Social.

Entre os pontos centrais das discussões está a análise dos impactos de longo prazo da pandemia de Covid-19 sobre a saúde laboral, considerando mudanças na frequência de adoecimentos e acidentes de trabalho, além da necessidade de novas estratégias de enfrentamento.

Com intensa programação ao longo dos quatro dias, a 5ª CNSTT busca consolidar propostas que garantam a proteção integral à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, reafirmando a centralidade do Sistema Único de Saúde (SUS) como política pública essencial para o país e destacando a saúde laboral como um direito humano fundamental.

Pré-conferência 

A mobilização para a 5ª CNSTT envolveu cerca de 1,5 mil conferências preparatórias em todo o país, incluindo 1,2 mil municipais, 90 regionais, 110 macrorregionais, 27 estaduais e distrital, além de mais de 50 conferências livres. Foram eleitos 1,7 mil delegados nos territórios para participarem da etapa nacional. Dezenas de milhares de pessoas de todas as regiões estiveram envolvidas no processo, sendo aproximadamente 20 mil somente nas conferências estaduais e macrorregionais.

Fonte: Ministério das Mulheres