Conheça as ações do MEC para os profissionais da educação

Educação

Com o intuito de valorizar os profissionais da educação e implementar políticas públicas que garantam condições dignas de trabalho, acesso à formação continuada e reconhecimento da importância estratégica dos educadores na transformação social, o Ministério da Educação (MEC) celebra o Dia do Trabalhador, em 1º de maio, com ações que reforçam o seu compromisso permanente de apoiar, formar e incentivar esses profissionais em todo o Brasil. Entre as ações desenvolvidas pelo ministério, estão o lançamento do programa Mais Professores para o Brasil, as formações para o desenvolvimento profissional, o reajuste salarial, entre outras iniciativas.  

Mais Professores Construído em reconhecimento ao papel central dos professores no processo de aprendizagem dos estudantes e no sucesso das políticas educacionais, o Programa Mais Professores para o Brasil tem o objetivo de fortalecer a formação docente, incentivar o ingresso de professores no ensino público e valorizar os profissionais do magistério. Além disso, o programa também busca cumprir as Metas 15 e 16 do Plano Nacional de Educação (PNE), que determinam, respectivamente, formações específicas e continuada para professores, bem como pós-graduação para professores.  

O programa envolve ações em 5 eixos estruturantes, compostos pelas seguintes iniciativas: 

  • Prova Nacional Docente: exame anual que será realizado pelo MEC por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O objetivo é subsidiar os estados, o Distrito Federal e os municípios nos processos de seleção e ingresso no magistério. As redes estaduais e municipais podem aderir/manifestar interesse à prova até o dia 15 de junho. 
    Pé-de-Meia Licenciaturas: bolsa de incentivo financeiro-educacional que visa fomentar o ingresso, a permanência e a conclusão nos cursos de licenciatura. A iniciativa é voltada para estudantes com alto desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que escolherem cursos de formação de professores por meio dos programas do MEC: Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), com 12 mil bolsas mensais para estudantes de R$ 1.050.        

  • Bolsa Mais Professores: para incentivar a atuação em regiões e áreas de conhecimento com carência de docentes, o MEC lançará a Bolsa Mais Professores. Serão oferecidas até 8 mil bolsas para fomentar o ingresso e a permanência de docentes. As regiões Norte e Nordeste serão prioritariamente beneficiadas 

  • Portal Formação: para fortalecer o desenvolvimento profissional de acordo com o perfil e a necessidade do docente, o MEC criou o Portal Formação, que reúne cursos de formações inicial e continuada e pós-graduação para o desenvolvimento profissional. São mais de 20 programas de formação em parceria com universidades e secretarias de educação. Desde 2023, já foram ofertadas mais de 950 mil vagas em cursos presenciais e pelo menos 1,8 milhão de profissionais concluíram cursos do Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec).  

  • Ações de valorização e reconhecimento: para valorização dos professores, o MEC, em parceria com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, oferece benefícios exclusivos para os educadores, descontos em hotéis e condições especiais para a compra de produtos e equipamentos. Os professores podem obter cartões de crédito com anuidade grátis, desde que mantenham o cartão ativo, recebam o salário no banco e tenham ao menos uma chave pix cadastrada. Estão previstos também empréstimo pessoal com desconto, além desconto nas taxas do consignado.     

Prilei Além disso, o MEC lançou, em maio de 2024, o Programa Institucional de Fomento e Indução da Inovação da Formação Inicial e Continuada de Professores com ênfase na Educação Integral (Prilei). A ação oferta cursos de licenciaturas e de formação continuada inovadoras, com foco na educação integral. O objetivo é alcançar profissionais que não possuem curso superior ou possuem graduação em área diferente da que atuam e estudantes bom desempenho no Enem, sob o compromisso de realizarem um ano de residência docente na rede pública de ensino.  

A operacionalização do Prilei se dá por meio das instituições de ensino superior que ofertam pedagogia e licenciaturas específicas e/ou interdisciplinares, em instituições federais, estaduais e privadas sem fins lucrativos. Todos os cursos são oferecidos na modalidade presencial e possuem articulação com a rede pública de ensino desde o início. 

Proditec – Para aprimorar a gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas de toda a educação básica e, assim, melhorar os resultados de aprendizagem dos estudantes, o MEC instituiu em 2024 o Programa de Formação Continuada para Diretores Escolares e Técnicos das Secretarias de Educação (Proditec). 

A formação dos profissionais abrange temas específicos relacionados aos desafios da alfabetização na idade adequada, da conectividade para fins pedagógicos e da educação integral e de tempo integral para a formação dos estudantes. Nos cursos, serão debatidos temas contemporâneos que representam demandas emergenciais da sociedade estabelecidas na agenda prioritária do Governo Federal. 

O programa visa estimular, entre outros objetivos, a institucionalização das trocas de experiências, o compartilhamento de boas práticas e o processo de autorreflexão entre os diretores escolares. Outra meta é incentivar as instituições de educação superior a apoiarem, por meio da prática da extensão universitária, as escolas públicas de educação básica nos processos de melhoria da gestão. 

Escola que ProtegeEntre as ações voltadas para as redes de ensino com o objetivo de prevenir e enfrentar a violência nas escolas, estão a formação continuada de profissionais da educação. Como públicoalvo a iniciativa engloba gestores, professores, bibliotecários, coordenadores pedagógicos, secretários, conselheiros escolares, funcionários de apoio, psicopedagogos, técnicos-administrativos, profissionais de saúde mental, proteção e assistência social, entre outros. 

No Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec), estão disponíveis os cursos: Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar; Cidadania e Democracia desde a Escola; Atuação na Resposta e Reconstrução da Comunidade Escolar após Ataque de Violência Extrema; Desafios da Comunicação nas Relações do Cotidiano: família e escola; e Práticas Restaurativas: construindo escolas seguras e promovendo a cultura de paz.  

Educação Profissional e Tecnológica – Com investimento de R$ 66,7 milhões, o MEC, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desenvolveu três pós-graduações, de carga-horária de 360h, com foco na educação profissional e tecnológica (EPT): docência na EPT; gestão na EPT; e educação a distância na EPT. São mais de 24,7 mil vagas ofertadas em 48 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os cursos são gratuitos e já estão sendo realizados desde o ano passado. O processo de seleção é feito pelas próprias instituições. 

Educação de Jovens e Adultos – Dentro do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA (Pacto EJA), o MEC oferece o Programa Nacional de Formação para a Docência na EJA (ProfEJA). O intuito é a qualificação de professores da EJA para que estejam preparados para atender às suas necessidades específicas. A meta é a formação de 242 mil professores e 50 mil licenciandos.  

Equidade e Inclusão A educação bilíngue de surdos também está no foco da formação continuada de professores, por meio da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores (Renafor). A qualificação é destinada a professores, gestores e profissionais da educação básica da rede pública de todo o país. Entre os cursos estão: Ensino de Metodologias para o Ensino Médio e Preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio na Educação de Surdos; Práticas Educativas para a Educação Bilíngue de Surdos; Educação Bilíngue e Alfabetização para a Criança com Surdo-Cegueira Congênita; e Aperfeiçoamento de Tradutores e Intérpretes de Libras-Português na Educação Básica.    

Para a educação escolar indígena, o MEC está realizado o Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind), que apoia projetos de cursos de licenciaturas interculturais e pedagogias indígenas para a formação de docentes indígenas. O Prolind integra ensino, pesquisa e extensão, promovendo a valorização do estudo de temas indígenas relevantes, tais como línguas maternas, gestão e sustentabilidade dos territórios e das culturas dos povos indígenas. 

Outra iniciativa para educação indígena é a chamada Ação Saberes Indígenas na Escola (Asie), para oferecer aos professores formação bilíngue ou multilíngue em letramento e numeramento em línguas indígenas e em português, conhecimentos e artes verbais indígenas. O objetivo é atendimento a 10 mil professores indígenas até 2025. 

Entre as ações na educação especial na perspectiva inclusiva, estão o Renafor Educação Inclusiva, a formação para professores de classe comum e a Rede Nacional de Autodefensoria Contra o Capacitismo. A previsão é a formação de 1,25 milhão de professores até 2026. 

para a educação étnico-racial e educação quilombola, o MEC lançou, em 2024, Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq), que também inclui a formação de profissionais de profissionais da educação. Estão sendo desenvolvidas as seguintes ações: Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) Equidade, para a implementação de Licenciaturas em Educação Escolar Quilombola nas cinco regiões do Brasil; Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Equidade Quilombola e Racial; e as Redes do Programa de Educação Tutorial (PET), voltadas para a Educação Antirracista e o Encontro de Saberes, promovendo a troca de experiências e aprofundamento das temáticas. 

O MEC ainda também promove ações para educação do campo e educação em direitos humanos. A educação do campo conta com ações como o Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) e o Programa Escola da Terra e o Programa de Apoio à Licenciatura em Educação do Campo, em benefício de 22.318 estudantes 

Já para educação em direitos humanos, são realizados cursos voltados para professores da educação básica e gestores escolares. As formações abordam temas como violência sexual, direitos de crianças e adolescentes, enfrentamento ao racismo e inclusão social e educação midiática. Os investimentos em 2024 foram de R$ 9,8 milhões. 

Piso salarial Como parte das ações de valorização dos profissionais da educação, o piso salarial nacional do magistério público da educação básica foi reajustado em 6,27% em 2025, conforme estabelece a Lei nº 11.738/2008. O reajuste foi acima da inflação. O valor mínimo definido é de R$ 4.867,77 para a rede pública de todo o país, com jornada de 40 horas semanais.   

A legislação garante o direito a uma remuneração mínima para professores da rede pública, sendo referência essencial para estados e municípios. Para assegurar a continuidade do ganho real no valor do piso, o MEC participa da discussão sobre a proposta de aprimoramento da Lei nº 11.738/2008, que inclui novas regras para a atualização anual do piso salarial. O debate ocorre no âmbito do Fórum Permanente para Acompanhamento da Política do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica — instância que reúne representantes do MEC, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A proposta deve ser consolidada e apresentada ainda em 2025. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC 

Fonte: Ministério da Educação