Brasília (DF) – Em operação nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, o Defesa Civil Alerta foi usado centenas de vezes. Até o momento, a nova tecnologia da Defesa Civil Nacional para informar a população em casos de desastres de grande perigo emitiu 469 alertas. Neste sábado (27), uma demonstração da ferramenta será feita no Centro-Oeste, concluindo a nacionalização do sistema.
Dos 469 alertas, 391 foram severos, 56 extremos e 22 de demonstração. Os estados com o maior número de acionamentos da tecnologia são Santa Catarina (185), São Paulo (163) e Minas Gerais (40). Além disso, as ocorrências que mais necessitaram do Defesa Civil Alerta foram chuvas intensas (198), tempestades (105), deslizamentos (43), vendavais (28) e inundações (26).
O novo sistema intensificará a segurança das pessoas, enviando mensagens de texto e avisos sonoros para os celulares em áreas de muito risco, sem necessidade de cadastro prévio. Os alertas aparecem de forma destacada na tela e podem soar mesmo nos aparelhos em modo silencioso. Qualquer cidadão, independentemente do DDD, que esteja no município com previsão de desastre poderá receber o Defesa Civil Alerta. Vale lembrar que a ferramenta é gratuita e alcança celulares compatíveis (Android e iOS lançados a partir de 2020) com cobertura de telefonia móvel 4G ou 5G. O recurso não depende de pacote de dados e funciona mesmo se o usuário estiver ou não conectado ao Wi-Fi.
O Defesa Civil Alerta foi criado após um pedido do presidente Lula, explica o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.“O presidente pediu que buscássemos mais instrumentos voltados para a prevenção e para o salvamento de vidas, além da preservação do patrimônio”, afirma Waldez, ressaltando a importância da gestão de risco.
“No geral, somos muito eficientes após um desastre, atuamos muito e nos mobilizamos no Brasil inteiro, mas também precisamos criar uma cultura para lidarmos com a gestão do risco”, reforça.
Defesa Civil Alerta
Criado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom), o Defesa Civil Alerta busca informar a população sobre o risco iminente de desastre e orientar sobre as medidas de proteção a serem tomadas. Os alertas possuem informações sobre o tipo de risco que está prestes a acontecer e instruções práticas.
As definições de conteúdo e do momento de envio dos alertas são de responsabilidade dos órgãos de proteção e defesa civil locais, e a ação é operacionalizada por meio da Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), plataforma do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que permite o envio estruturado de mensagens de risco para a população. Neste primeiro momento, o envio do Defesa Civil Alerta será feito pelas defesas civis estaduais.
O objetivo do projeto é proporcionar maior segurança à população, sendo complementar aos demais mecanismos de alertas de emergência: SMS, TV por assinatura, WhatsApp, Telegram e Google Public Alerts.
Tipos de alerta: extremo e severo
A Defesa Civil Nacional emite dois tipos de alerta: o severo e o extremo. O alerta severo indica a necessidade de ações preventivas, como em casos de chuvas fortes com riscos de deslizamentos ou alagamentos, e o celular emite um som de “beep”, sem interromper o modo silencioso. A tela ficará bloqueada até que o usuário decida fechá-la. Para receber o alerta severo, é preciso acessar as configurações do celular. No Android: Configurações → Segurança e Emergência → Alerta de Emergência Sem Fio. No iOS: Notificações → habilitar as opções de alerta.
O alerta extremo é o nível mais alto, com urgência imediata, e serve para situações de risco grave para a vida e a propriedade. Nesse caso, o celular emitirá um sinal sonoro que se mantém ativo mesmo com o aparelho em modo silencioso. A tela do celular será congelada e só poderá ser liberada pelo usuário ao fechar a notificação. Os celulares possuem a configuração ativada, não sendo possível desativá-la.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional