Diagnóstico Econômico da Cultura Viva: prazo para Pontos de Cultura participaram da pesquisa termina no final de setembro

Cultura

Mais de mil Pontos de Cultura já responderam ao Diagnóstico Econômico da Cultura Viva, segundo balanço apresentado na live realizada nesta terça-feira (23), no canal oficial do Ministério da Cultura (MinC) no YouTube, para mobilizar a rede a participar da pesquisa e tirar dúvidas. O prazo para preenchimento do formulário termina na próxima terça-feira (30). Acesse aqui o formulário

O objetivo do diagnóstico – promovido pelo MinC, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, e pelo Consórcio Universitário Cultura Viva – é levantar dados sobre realidade financeira, sustentabilidade e geração de renda das iniciativas culturais comunitárias do país.

Ao participar da atividade virtual, a secretária da SCDC, Márcia Rollemberg, destacou a pesquisa e a informação como um campo estruturante dentro do processo de expansão da Política Nacional de Cultura Viva e de construção do Sistema Nacional de Cultura. Ela também convidou os demais Pontos de Cultura a participarem da pesquisa.

“Agradeço a todos os que já responderam e espero que outros façam adesão até o desfecho, para que a gente possa trazer evidências dos impactos nos territórios desses arranjos produtivos locais, como na formação de muitos jovens, que têm no Ponto de Cultura seu primeiro contato com a arte e até mesmo sua primeira experiência profissional. Precisamos desse trabalho mais apurado para poder ampliar essa lupa e trazer novas informações”.

O diretor da Política Nacional de Cultura Viva, João Pontes, lembrou que esses dados também serão utilizados pelos entes federados, que poderão ter mais informações sobre suas redes de Pontos de Cultura. “É importante que todos os Pontos de Cultura dos municípios respondam à pesquisa porque depois poderão baixar a base e entender a sua rede: quantos trabalhadores, quais são as tipologias de Pontos de Cultura, se têm sede ou não, quais são as características, se produzem e se estão acessando recursos. Há uma série de questões que são importantes para pensar a estrutura da política pública e demais ações”, reforçou.

Na live, a pesquisadora da Universidade Federal da Bahia, Luana Vilutis, apresentou resultados preliminares da pesquisa coletados a partir das mais de mil respostas já enviadas. De acordo com os dados, todos os estados e DF aderiram ao diagnóstico. Mas alertou que ainda é preciso uma mobilização maior das regiões Norte e Centro-Oeste, que até o momento são as que têm o menor número de respostas.

“A rede de Pontos e Pontões de Cultura que respondeu ao diagnóstico mobiliza mais de 500 mil pessoas por mês. Temos 13 mil voluntários mobilizados nessa rede. São números muito expressivos e que revelam essa economia que os Pontos e Pontões de Cultura mobilizam é, muitas vezes, invisibilizada, pouco valorizada e pouco reconhecida como economia”, adiantou.

Outro dado relevante é que mais de 78% dos grupos e entidades responderam que acessaram recursos públicos. Quase 50% afirmaram que realizam práticas de base tradicional, popular ou das culturas originárias que mobilizam a economia nos seus nos seus territórios e comunidades.

A expectativa é que os dados sejam divulgados até o final do ano. O formulário da pesquisa foi construído de forma colaborativa com a rede de 42 Pontões estaduais e temáticos parceiros do Ministério da Cultura, em seis encontros realizados entre janeiro e junho de 2025, discutindo desafios de mapeamento, conceitos de Economia Viva e especificidades dos territórios.

O Diagnóstico Econômico da Cultura Viva esta é a primeira pesquisa nacional voltada a compreender a realidade econômica da Rede Cultura Viva. “É uma pesquisa específica sobre essa dimensão econômica da Cultura Viva para revelar informações e dados que até hoje a gente ainda não conseguiu revelar e evidenciar com uma metodologia capaz de dar credibilidade às informações e de alicerçara gestão pública e os próprios Pontos de Cultura nas suas atuações”, completou o professor da Universidade Federal da Bahia, Guilherme Varella.

O Consórcio Universitário Cultura Viva é formado pelas Universidades federais da Bahia (UFBA), Fluminense (UFF) e do Paraná (UFPR).

Fonte: Ministério da Cultura