Brasília (DF) – No quarto episódio do podcast Diálogos de Integração, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff afirmou que até o segundo semestre de 2025, o Defesa Civil Alerta estará instalado em todas as regiões do Brasil. Ele também relembrou as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul há uma ano (entre abril e maio de 2024). Para Wolnei, se já existisse, o Defesa Civil Alerta teria salvado vidas no desastre climático histórico, que comoveu e mobilizou todo o país.
Segundo o secretário, além de um avanço na prevenção à perda de vidas, o alerta individual, via telefones celulares, é uma mudança de paradigma alinhada aos parâmetros internacionais de redução de riscos, iniciada em 2012. “Após o grande desastre na região serrana fluminense, a presidente Dilma fez um grande movimento para que construíssemos uma legislação específica. Ela aprovou a Lei nº 12.608, considerada o marco legal da proteção e defesa civil, quebrando o paradigma anterior e colocando a prevenção na pauta da legislação. Dilma também levou recursos para o orçamento federal com programas para fazer ações de prevenção, o que não havia ainda”, afirmou Wolff.
Durante o programa, o secretário contou o que o Governo Federal ainda está fazendo pela recuperação do Rio Grande do Sul e destacou detalhes da experiência de enfrentamento. “Realmente foi a maior e mais difícil experiência que já enfrentei, em mais de 20 anos de gestão de riscos e de desastres”, afirmou o secretário.
Diálogos de Integração está disponível no YouTube, no Soundcloud e no Spotify. Para saber mais sobre o programa, acesse a página Diálogos de Integração.
Histórico das enchentes no RS
No dia 29 de abril de 2024, chuvas intensas atingiriam a região dos Vales do estado do Rio Grande do Sul. Por cerca de uma semana, as precipitações continuaram nas regiões da Serra, Central e Metropolitana de Porto Alegre, levando o Governo Federal a reconhecer calamidade pública, em todo o estado, já no quinto dia de chuvas.
Todos os rios transbordaram, incluindo o Guaíba, ponto turístico e orgulho dos gaúchos. A tragédia envolveu inundações, rompimento de barragens, deslizamentos de terra e cidades inteiras debaixo d’água. Mais de 2,4 milhões de pessoas foram diretamente afetadas, 600 mil ficaram desabrigadas, e 183 morreram.
A Defesa Civil Nacional aprovou 1.407 planos de assistência humanitária, proteção animal, restabelecimento e reconstrução, vindos de 55% dos municípios do estado. Os planos incluem cerca de 9.300 unidades habitacionais. Foram repassados R$ 900 milhões para as localidades e ainda há previsão de repasse de mais de R$ 500 milhões até 2026.
Além disso, 433 mil famílias já receberam o auxílio reconstrução de R$ 5.100,00, totalizando R$ 2,2 bilhões voltados a garantir condições mínimas de dignidade na retomada de suas rotinas.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
