A Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica entra na reta final da preparação para o Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado pela primeira vez na América do Sul. Após conquistar ouro e bronze na etapa da Copa do Mundo na Itália, as ginastas treinam intensamente de olho no pódio, em casa. Em entrevista ao Ministério do Esporte, a capitã Duda Arakaki compartilhou a emoção de disputar um Mundial diante da torcida brasileira, além de destacar a importância do apoio institucional e da preparação coletiva rumo ao maior desafio da temporada.
Capitã do conjunto, a alagoana Duda descreve este como o momento mais especial de sua carreira, mesmo com duas participações olímpicas no currículo. “Tem sido muito gratificante. Ter um Mundial em casa, com chances reais de medalha, é uma oportunidade única. Estamos aproveitando cada etapa. Cada competição e cada apresentação são chances de crescer e evoluir. Dormimos e acordamos todos os dias pensando em representar o Brasil em casa”, afirmou.
A trajetória de Duda na ginástica rítmica começou aos seis anos, em um colégio de Maceió. Aos nove, já era campeã nacional mirim. Aos 13, passou a treinar com a seleção brasileira e, desde 2019, é destaque entre as principais atletas do país. Capitã desde 2021, ela lidera uma geração talentosa que busca colocar o Brasil entre as potências mundiais da modalidade.
Com treinos diários no Centro Nacional de Ginástica Rítmica, em Aracaju (SE), que passou por ampla modernização com recursos do Ministério do Esporte, em parceria com a Secretaria de Estado do Esporte de Sergipe, a equipe conta com estrutura completa e apoio do programa Bolsa Atleta, do Governo Federal. “O Bolsa é extremamente importante. Nos dá tranquilidade para focar totalmente na performance. A vida de atleta no Brasil nem sempre é fácil, mas esse apoio nos permite treinar com mais segurança, sabendo que o restante está sendo cuidado”, reforça Duda.
- Apresentação durante o Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica em SP. Foto: Mariana Raphael/ MEsp
Preparação intensa
A rotina de preparação inclui oito horas diárias de treino, de segunda a sábado, com aulas de balé, preparação física, ensaios técnicos e ajustes para os 2min30 da coreografia oficial. Os resultados já apareceram. Das cinco etapas internacionais disputadas este ano, entre Copa do Mundo e World Challenge Cup, o Brasil é o único país que conquistou duas medalhas de ouro no conjunto geral.
Além dos treinos, a seleção participou de competições estratégicas, como as etapas da Copa do Mundo em Portimão, Sofia e Milão. Esta última, realizada na semana passada, serviu como ajuste final antes do Mundial no Rio. “Estamos contentes com a evolução da equipe. A ginástica é uma modalidade jovem no Brasil, mas estamos competindo com as maiores potências do mundo. Nosso foco é acertar a coreografia. Acreditamos que, com esse acerto, traremos excelentes resultados”, afirma a treinadora Camila Ferezin.
Emoção em casa
Duda também projeta com entusiasmo o encontro com o público brasileiro. “Não vejo a hora de estar no ginásio, com a nossa torcida. Já vivemos isso em dois Pan-Americanos aqui, mas agora é o Mundial. Representar o Brasil em casa é algo que sonhamos todos os dias”, destaca.
Organizado pela Federação Internacional de Ginástica, o Mundial de 2025 reunirá 78 delegações. Estão previstas 111 ginastas na disputa individual e 36 conjuntos na competição coletiva.
Desde a candidatura brasileira, o Ministério do Esporte tem investido na realização do evento e na preparação das atletas. Foram aportados pela pasta R$ 1 milhão para a campanha que garantiu o Brasil como sede. Para estruturar os treinamentos das seleções (conjunto e individual), foram investidos mais R$ 570 mil. Outros R$ 490 mil foram aplicados na compra de três tablados oficiais de ginástica, totalizando R$ 2,06 milhões em investimentos diretos do Governo Federal.
Desde 2012, o Brasil já investiu cerca de R$ 17,2 milhões na modalidade, com recursos voltados para a compra de equipamentos, realização de competições e desenvolvimento técnico de atletas em diferentes níveis.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
Fonte: Ministério do Esporte