Educação do Acre abre janelas de oportunidades por meio do ensino a distância

Neste momento, a coordenação do CEL realiza uma série de visitas técnicas às coordenações de ensino e também às escolas, para realizar a divulgação do CEL/EaD. De acordo com a coordenadora do Centro, Simone Pessoa, a meta é abrir 80 novas vagas este ano.

“A importância e a relevância dessas visitas é trazermos de forma mais detalhada as informações dos cursos que o CEL oferece nesses municípios, na modalidade a distância. A gente está estreitando essas relações, inclusive trazendo a divulgação do edital que vai ser lançado no mês de julho”, explica.

Nesta terça-feira, dia 17, a coordenação do CEL esteve em Acrelândia onde, além da reunião com a equipe do núcleo da SEE, também realizou uma visita à Escola Marcílio Pontes. “Estamos trazendo mais informações para os nossos estudantes”, diz Simone.

“Esses cursos representam o governo do Estado pensando na democratização do ensino de línguas. Sabendo que ainda não é possível ter aulas presenciais dessas línguas em todos os municípios acreano, estamos com esse projeto, que vem dando certo e as pessoas têm as mesmas oportunidades do ensino presencial em Rio Branco”, relata.

Curiosidade em uma nova língua

Entre os 373 alunos do ensino a distância, está Ana Vitória de Oliveira, da 3ª série do ensino médio da Marcílio Pontes. A estudante irá prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pensa em optar pelo curso de Direito.

Ana Vitória já frequentava aulas de inglês no CEL quando morava em Rio Branco. “Eu consegui fazer o primeiro módulo, só que acabei me mudando para Acrelândia e tive que trancar o curso. Então, vi a oportunidade de me inscrever no EaD”, conta.

“Eu sentia a necessidade de não ficar apenas com a língua portuguesa, de abranger um pouco mais o meu conhecimento, então eu acabei escolhendo fazer esse curso a distância, até porque eu tenho planos de viajar e o inglês é uma língua universal”, destaca.

Ana Vitória destaca que, pelo fato de Acrelândia ser um município pequeno, não há muitas oportunidades para aprender uma nova língua: “Então eu acho muito interessante ter esses cursos de inglês e espanhol aqui, porque são poucas as oportunidades”.

Com sua professora de inglês, Ercília Alves, Ana Vitória realiza seus estudos: “Ela me ajuda muito, com gramática, por exemplo, que é uma coisa que eu tenho muita dificuldade e ela me ajuda tirando dúvidas, quando eu não consigo tirar com o professor”, explica.

Aperfeiçoar a conversação

Ercília Alves está há oito anos no magistério e, até ministrar aulas de inglês na Marcílio Pontes, dava aulas de português. É uma das alunas, em Acrelândia, que fazem parte do CEL/EaD. “Eu estava procurando um curso para aperfeiçoar a parte da conversação, trabalhar a questão da oralidade”, afirmou.

Os encontros das aulas à distância são realizados duas vezes por semana e, para a professora, é uma oportunidade de estudar com pessoas do próprio município. “Colocamos em prática em nosso dia a dia, para não esquecer o que a gente está estudando”, explica.

Para a professora, a faculdade ensina apenas a parte teórica e o CEL/EaD a tem ajudado bastante na questão da oralidade. “O professor sempre nos ensina como  falar uma frase, como perguntar e como responder de forma diferente, e isso ajuda muito a entender o que a universidade não trouxe”, destaca.