Resposta humanitária do Governo Federal para o fluxo migratório intenso de venezuelanos na fronteira entre os dois países, a Operação Acolhida superou a marca de 150 mil refugiados e migrantes interiorizados em mais de 1.100 municípios brasileiros. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) é uma das pastas governamentais que integra essa operação.
O Fala MDS desta sexta-feira (11.07) recebe a gerente de projeto da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS e coordenadora do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização, Niusarete Margarida de Lima, que contou como funciona a entrada, o acolhimento, a prestação de assistência social e a interiorização desses venezuelanos.
O MDS é responsável pelo acolhimento e a proteção social dos migrantes venezuelanos. “Além disso, buscamos novas estratégias para essas pessoas em outras unidades da federação, Brasil afora”, explicou Niusarete. Atualmente, a pasta coordena quatro abrigos em Roraima, onde estão mais de cinco mil venezuelanos acolhidos. “Também tem toda a parte de escuta qualificada na fronteira, onde temos um posto de atendimento que recebe principalmente crianças e adolescentes que chegam desacompanhados”.
Nos abrigos, os acolhidos recebem três refeições diárias, oportunidade de capacitação profissional e atividades direcionadas às crianças. A estrutura e a segurança são feitas pelas Forças Armadas. De Roraima, muitos já saem empregados por empresas parceiras, localizadas principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. “Buscamos empoderar essas pessoas para que elas possam transitar pelo Brasil em igualdade e condições com os nacionais. Que possam cuidar de suas vidas com autonomia e com independência, porque é para isso que eles vieram para o nosso país”, justificou a coordenadora.
Niusarete ressalta a importância dos parceiros do Governo Federal no sucesso da Operação Acolhida. “Nós temos mais de 120 entidades que trabalham conosco, incluindo estados, municípios, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e empresários que oferecem vagas de emprego. Há muitos voluntários também”, detalhou.
Segundo ela, a Operação Acolhida tem recebido cerca de 300 a 400 venezuelanos por dia, que ingressam ao Brasil pela fronteira em Pacaraima, município de Roraima. O número é considerado um nível baixo de migração, pois o Brasil já recebeu milhares de venezuelanos em um único dia. Para atender também as demandas de saúde, opera na fronteira o maior posto de vacinação da América Latina.
A Operação Acolhida verifica se há amigos ou familiares vivendo em cidades brasileiras em busca da unificação parental. Os municípios que acolhem venezuelanos recebem ajuda do Governo Federal, que leva essas pessoas em voos fretados, comercias ou da Força Aérea Brasileira. Antes da interiorização, o migrante passa por análise clínica de saúde e, no destino, ele tem assegurado um emprego. “A Operação Acolhida tem sido considerada referência no mundo, não tem nenhum país no mundo que acolhe nessa estratégia humanitária como o Brasil vem fazendo”, contou.
Ainda em entrevista ao Fala MDS, Niusarete Lima falou sobre os desafios enfrentados pela Operação Acolhida e sobre a oferta de benefícios sociais como o Bolsa Família para migrantes que vivem em situação de vulnerabilidade.
Podcast
O Fala MDS tem episódios semanais, publicados às sextas-feiras, e está disponível nas plataformas Spotify, Amazon, Deezer, Apple Podcasts e SoundCloud. O podcast também é distribuído às rádios de todo o país que queiram veiculá-lo.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome