São Paulo (SP) – Como impulsionar projetos dos entes subnacionais e destravar o financiamento da transição energética na Amazônia. Esse foi o tema do debate Estados & Descarbonização Regional, que contou com a participação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), representado pelo secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, nesta terça-feira (23).
O painel ocorreu durante o evento GRI Amazônia Alliance 2025, e reuniu representantes de governo, empresários, investidores e membros de comunidades locais para debater como projetos de concessão e parcerias público-privadas podem alavancar o desenvolvimento sustentável, com inclusão social e crescimento econômico regional.
Tendo em vista a proximidade da COP30 — a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 —, a mesa de debate levantou a questão do protagonismo dos governos estaduais para impulsionar obras de infraestrutura com impacto climático. Nesse contexto, Eduardo Tavares ressaltou a urgência de fortalecer a agenda de adaptação climática, com destaque para modelagens em áreas críticas de infraestrutura — água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem — que podem ser apoiadas pelo Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS).
“Nosso esforço é reposicionar as parcerias e concessões para além do retorno financeiro, direcionando contrapartidas a programas com impacto social e ambiental direto. Temos exemplos de PPPs de educação, saneamento, irrigação, parques, saúde, portos, concessões para reflorestamento com créditos de carbono e inclusão produtiva de comunidades”, afirmou o secretário.
Tavares também destacou que a secretaria tem trabalhado em conjunto com organismos multilaterais na criação de linhas de crédito voltadas ao financiamento de projetos estruturantes — a exemplo do Banco Mundial, que emprestará US$ 500 milhões para projetos de saneamento, irrigação e segurança hídrica.
No painel, representantes de Rondônia, do Consórcio Amazônia Legal e de Pernambuco apresentaram diagnósticos e propostas que reforçam a necessidade de apoio federal para avançar em políticas de regularização fundiária e na consolidação do mercado de créditos de carbono e de natureza.
Também participaram do painel o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Fernando de Noronha, Daniel Coelho, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará, Paulo Bengtson. A moderação foi do Diretor de Relações Institucionais da Orizon VR, Percy Neto.
Outras Notícias:
Transposição do São Francisco: avança processo para duplicação do Eixo Norte
Ferramenta pode avisar população do Centro-Oeste sobre incêndios florestais
Fundo de desenvolvimento do Centro-Oeste terá processo mais rápido de contratação
Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional