São Leopoldo (RS) – A primeira parada da Caravana das Periferias, do Ministério das Cidades, no Rio Grande do Sul foi na cidade de São Leopoldo, selecionada para receber recursos do Novo PAC – Periferia Viva.
As mais de 3 mil famílias da Ocupação Stegleider, que viram a comunidade afundar na enchente de 2024, hoje também testemunharam o início da transformação com a inauguração do Posto Territorial Periferia Viva, que marca o início das obras na comunidade.
A ocupação será urbanizada com repasse de R$ 138 milhões para a construção de 241 moradias para reassentamento das famílias em áreas de alagamento, obras de infraestrutura, praças, galpão comunitário, recuperação ambiental e regularização fundiária, garantindo a propriedade às famílias.
Para prevenir os acidentes na área, a intervenção terá estabilização, proteção e contenção do solo, macrodrenagem, valas, casa de bombas e bacia de amortecimento de cheias.
- Secretário Guilherme Simões durante o anúncio dos recursos. Foto: Leandro Vaz
“É uma vitória muito importante, resultado da luta de vocês que nunca desistiram de buscar a mordia digna, que é um direito. Para nós é uma honra poder voltar para dar início a essa transformação”, disse o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões.
Outras 96 famílias do Steigleder selecionadas pela Cooperativa de Trabalho e projetos Nova Geração, serão beneficiadas pelo Minha Casa, Minha Vida Entidades que vai construir 30 sobrados e 66 casas térreas com investimento de R$ 13,4 milhões.
Vitória histórica
- Ocupação Staigleder ainda tem marcas da enchente. Crédito: Leandro Vaz.
A Ocupação Steigleder começou no bairro Santos Dumond há mais de 20 anos. Desde então, os moradores lutam para ter direito à moradia, acesso à serviços essenciais e melhorias para o território. Na enchente histórica, 90% dos barracos foram destruídos e todas as famílias precisaram ser retiradas do local.
“Hoje o dia amanheceu bonito, porque esse é o primeiro passo para a mudança real da nossa vida. Só quem passou pelo que nós passamos, com ameaças de retirada, de derrubada dos nossos barracos e depois a enchente, sabe a conquista que é estarmos hoje aqui”, comemorou a moradora Jaqueline dos Santos, 42 anos.
- Crédito: Leandro Vaz
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Fonte: Ministério das Cidades
