Iapen e Semulher levam curso de designer de sobrancelhas para mulheres privadas de liberdade em presídio de Rio Branco

Acre

Foi dado início às aulas do curso de designer de sobrancelhas, na Divisão de Estabelecimento Penal Feminino de Rio Branco, onde 15 detentas estão participando das aulas. A atividade, que começou nesta terça-feira, 7, é uma parceria entre o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) e o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).

Curso de designer de sobrancelhas é ofertado para internas da Divisão de Estabelecimento Penal Feminino de Rio Branco. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O curso é fruto do projeto Impacta Mulher, apresentado pela Semulher para o TJAC, por intermédio da Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas (VEPMA), e financiado por meio de recursos provenientes de penas pecuniárias. As aulas acontecem em um dos prédios de alojamentos, com os equipamentos do Salão Escola, outro projeto, dessa vez do Iapen, que também foi financiado pelas verbas pecuniárias.

A profissionalização é uma oportunidade para que essas mulheres possam planejar um futuro profissional. J. F. tem três filhos e já sonha em abrir o próprio salão: “Esse é o meu propósito: sair, montar meu salão e fazer bastante renda. Vou sustentar minha família”, explica.

Mulheres privadas de liberdade são profissionalizadas em curso de designer de sobrancelhas. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O curso conta com uma carga horária de 40 horas. A professora Thais Santos, que ministra as aulas, ressalta que a área de beleza é muito promissora: “Vão aprender o design, fazer toda a marcação, aplicar henna, fazer remoção com cera, navalha e a pinça. O design de sobrancelha, a estética em si, o ramo da beleza está crescendo bastante. Então, quando elas saírem, já vão sair preparadas para montar o seu próprio negócio”.

Iapen e Semulher levam curso de designer de sobrancelhas para mulheres privadas de liberdade em presídio de Rio Branco. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

A chefe da Divisão de Estabelecimento Penal Feminino de Rio Branco, Maria José Souza, reitera que a atividade é voltada para mulheres que já estão próximas de sair do sistema prisional: “O curso contribui para o bom comportamento delas na cela, e foi destinado às pré-egressas, para quando elas saírem do sistema, saírem qualificadas e com uma profissão para autossustento e de suas famílias”.

Fonte: Governo AC