O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) promove até esta sexta-feira (26/9), em Crato (CE), um curso para debater o manejo florestal sustentável na Caatinga. A abordagem ocorre no contexto da Resolução nº 507/2024 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que apresenta os parâmetros para administração da floresta de acordo com os princípios da sustentabilidade.
O diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Alexandre Pires, explica que o manejo florestal sustentável é uma importante atividade de manutenção do bioma, por permitir o uso e a conservação da vegetação.
A atividade, ressalta Alexandre Pires, contribui para a redução do desmatamento e, consequentemente, para evitar a degradação do solo. No Semiárido, a estratégia evita também a desertificação, além de contribuir para a geração de renda da população local. “Não temos dúvida da importância do manejo da Caatinga como alternativa para evitar a desertificação, garantir a conservação do bioma e promover a resiliência das populações no semiárido”, destaca.
O diretor avalia, ainda, que compreender e discutir a aplicação da resolução, considerando as normativas estaduais, é fundamental para garantir a segurança no licenciamento da atividade.
Iniciada na segunda-feira (22/9), a capacitação é desenvolvida no âmbito do projeto Redeser, iniciativa liderada pelo MMA para combater a desertificação em áreas suscetíveis da Caatinga. O curso conta, ainda, com a parceria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
Mais de 50 representantes dos estados de Alagoas, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia e Minas Gerais participam da capacitação. O grupo é formado por técnicos de órgãos estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) e servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Incra e do Banco do Nordeste.
Para os agentes financeiros, a capacitação amplia a perspectiva sobre os desafios da implementação de Planos de Manejo Florestal Sustentáveis, o que contribui para a formulação de estratégias que possam impulsionar o manejo na Caatinga, a exemplo de ações relacionadas ao aumento do acesso ao crédito.
Para o gerente de gestão ambiental do Banco do Nordeste, Mario Fraga, “ao reunir técnicos do Ibama e de diversos órgãos ambientais estaduais que atuam no bioma, o curso possibilita a identificação de gargalos e oportunidades para a expansão e aumento do número de projetos de manejo florestal sustentável na Caatinga, que poderão contar com financiamentos sob medida, por parte do Banco do Nordeste”.
Já o diretor Florestal da Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará, Adirson Freitas dos Reis Júnior, destacou o intercâmbio de conhecimento proporcionado pela capacitação. “O curso proporcionou uma valiosa oportunidade para a troca de experiências, o enfrentamento de desafios e o aprimoramento das nossas práticas em gestão do manejo florestal. Foi extremamente enriquecedor.”
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