O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) completa, em 2025, 75 anos de atuação no Brasil. Presente no país desde 1950, o organismo das Nações Unidas tem apoiado algumas das transformações mais importantes nas áreas da infância e da adolescência. Para marcar a data, foi realizada, nesta quarta-feira (16.07), uma cerimônia no Palácio Itamaraty, em Brasília, com a presença de representantes do Governo Federal e da sociedade civil.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou da solenidade e destacou os avanços alcançados com o apoio do UNICEF, especialmente nas áreas de saúde, educação e proteção da infância.
“Nesses 75 anos de atuação do UNICEF no Brasil, tivemos avanços significativos em áreas essenciais para a vida, como o combate à desnutrição, a ampliação da vacinação, a proteção da infância e a aproximação da alfabetização universal”, afirmou o ministro.
Dias também lembrou que o país já enfrentou índices alarmantes de mortalidade infantil e analfabetismo. “Enfrentar esses desafios exigiu coragem e compromisso — com políticas públicas, recursos garantidos em lei e ações coordenadas globalmente, das quais o Brasil se tornou líder, especialmente na primeira infância”, completou.
Ele finalizou destacando a importância da cooperação com o organismo internacional: “Dentro do MDS, mantemos uma forte parceria com o UNICEF. E seguimos com o mesmo propósito: proteger as crianças do Brasil e do mundo”.
O representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil, também esteve presente e ressaltou o papel essencial da instituição nas conquistas voltadas à infância e adolescência ao longo das últimas sete décadas.
“Era 1950, apenas cinco anos após a catástrofe da Segunda Guerra Mundial, quando o UNICEF chegou ao Brasil para ajudar a enfrentar desafios urgentes, como a mortalidade infantil e a pobreza. Na época, 158 a cada mil bebês morriam antes de completar um ano de vida. Hoje, esse número caiu para 12 em cada mil”, destacou Youssouf.
Apesar dos avanços, ele lembrou que ainda há obstáculos importantes a serem superados. “O trabalho ainda não acabou. O combate à violência contra crianças e adolescentes segue como uma das áreas em que precisamos avançar com mais urgência”, alertou.
Sobre o UNICEF
Criado em 11 de dezembro de 1946, por decisão unânime da Assembleia Geral da ONU, o UNICEF nasceu com a missão de fornecer assistência emergencial a milhões de crianças afetadas pela Segunda Guerra Mundial, especialmente na Europa, no Oriente Médio e na China (Resolução 57 da Assembleia Geral).
Em 6 de outubro de 1953, o fundo tornou-se um órgão permanente do sistema das Nações Unidas, com seu mandato ampliado para alcançar crianças e adolescentes em todo o mundo (Resolução 802). Em 1965, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.
No Brasil, o UNICEF participou de grandes marcos na história das políticas públicas voltadas à infância: campanhas de imunização e aleitamento materno, aprovação do artigo 227 da Constituição Federal, elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mobilizações pelo acesso universal à educação, programas de combate ao trabalho infantil, entre muitas outras iniciativas voltadas à garantia dos direitos de meninas e meninos brasileiros.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
