O tema “Educação profissional e tecnológica no centro das transformações: políticas públicas e cenários globais” norteou a conferência de abertura proferida pelo secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Bregagnoli, na abertura da Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec) 2025, em Bonito (MS). O evento tem como anfitrião o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e ocorre até sexta-feira, 5 de setembro, reunindo gestores das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, representantes do governo federal e das entidades parceiras.
Bregagnoli abordou metas e desafios da educação profissional e tecnológica (EPT) nos próximos anos, contextualizando o Projeto de Lei nº 2.614/2024, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio de 2024 a 2034 e prevê metas quantitativas e qualitativas para a EPT, “na qual a Rede Federal tem papel fundamental, em trabalho colaborativo com os estados”. Também destacou a Política Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, recém-instituída por meio do Decreto nº 12.603/2025, e o programa Juros por Educação.
Oportunidades – A expansão dos Institutos Federais pelo Brasil, com a implantação de mais de 100 novos campi por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), é uma das estratégias do MEC para ampliar a oferta de EPT. “Com essa expansão, teremos ao menos 140 mil novas vagas para jovens, adultos e pessoas em processo de requalificação, totalizando um investimento de R$ 2,5 bilhões do governo Lula”, afirmou o secretário.
O investimento do governo federal também se dá na consolidação das unidades existentes, com a melhoria e a ampliação da infraestrutura, visando à ampliação de vagas e a um melhor atendimento aos estudantes. Estão sendo construídos mais de 260 restaurantes estudantis, além de novas salas de aula e laboratórios, quadras poliesportivas e bibliotecas. De R$ 1,4 bilhão previsto nessa ação, já foram investidos R$ 871 milhões.
O secretário também destacou as qualificações profissionais ofertadas por meio de fomento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), tais como Mulheres Mil, Profuncionário, Bioeconomia na Amazônia Legal, entre outros.
Transformação – A reitora do IFMS, Elaine Borges, disse que a EPT tem o poder de alcançar novos territórios e transformar o futuro. “A Rede Federal é feita de gente, constrói um Brasil mais justo e plural por meio de uma rede viva, pulsante e diversa. Cada campus, cada sala de aula e projeto de extensão é uma centelha de mudança e promove inovação. A Rede Federal é uma das maiores conquistas da educação pública brasileira. Somos a presença do Estado onde ele, muitas vezes, não chega”, afirmou.
Atualmente, a Rede Federal conta com 686 unidades, vinculadas a 38 Institutos Federais, a dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a 22 escolas técnicas ligadas às universidades federais e ao Colégio Pedro II. São mais de 10 mil cursos em diversas modalidades, 1,9 milhão de matrículas e 84 mil servidores. Do total de estudantes atendidos, 52,83% têm renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo e 59,85% são pretos, pardos e indígenas.
A mesa de abertura contou ainda com a participação da presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Ana Paula Giraux; e de Zilmar Rodrigues, representando o Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf).
Reditec – Desde 1974, a Reditec é o principal espaço de encontro e reflexão dos dirigentes da Rede Federal. Mais de mil gestores participam do evento, que é realizado pelo IFMS e conta com apoio do MEC e do Conif.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e do IFMS
Fonte: Ministério da Educação