O Ministério da Educação (MEC) participou, nesta semana, do II Seminário Internacional Gestão para a Aprendizagem (II SIGA), ocorrido em Barcelona, na Espanha. O evento reuniu gestores públicos, autoridades brasileiras e internacionais, além de especialistas e representantes de organismos multilaterais.
As secretárias de Educação Básica (SEB), Kátia Schweickardt, e da Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC (Secadi), Zara Figueiredo, participaram de painéis durante o encontro.
Falando sobre os desafios da educação no contexto internacional, Zara trouxe uma perspectiva educacional brasileira fundamentada na equidade, na inclusão e no combate às desigualdades. Ela destacou políticas públicas lideradas pela Secadi e voltadas à alfabetização de jovens e adultos; à educação escolar quilombola; à educação do campo; à educação especial inclusiva; e às ações afirmativas para populações vulnerabilizadas.
“Esse debate é muito importante, particularmente, diante do resultado do último Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Enquanto não assumirmos a aprendizagem dos nossos estudantes como uma dimensão inegociável do direito à educação, sobretudo para as camadas populares, teremos falhado como Estado e como sociedade”, afirmou Zara.
Segundo a secretária da Secadi, a aprendizagem não pode ser um privilégio de determinados grupos sociais. “Para isso, um aspecto que trouxe para este evento foi a necessidade de as redes de ensino construírem capacidades estatais voltadas à equidade, o que pressupõe, obviamente, assumir a aprendizagem de todos os estudantes na perspectiva de sistema, de estrutura, não de projeto ou ação isolada. Portanto, é preciso ter uma ‘gestão’ do sistema de ensino para a aprendizagem.”
Já Schweickardt palestrou sobre gestão e avaliação. Em sua visão, as estratégias de avaliação e os descritores construídos no intuito de dar concretude às matrizes avaliativas, traduzidas em instrumentos e provas, precisam trazer uma visão sistêmica do desenvolvimento da pessoa.
“Na educação básica, isto é, desde a educação infantil até o final do ensino médio, existe uma grande diversidade de culturas e realidades dentro de uma mesma escola. Temos muitas crianças e adolescentes migrantes: venezuelanos, haitianos… Como isso impacta nossos processos? Nós falamos cada vez mais de se fazer uma educação integral, e, dentro dessa perspectiva, a educação integral começa por uma proposta de gestão integral”, defendeu.
Organizado pela Diretoria de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV-DGPE) e pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), o seminário segue até sexta-feira, 2 de maio.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi e da SEB
Fonte: Ministério da Educação