O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, promoveu nesta terça-feira (5) uma mesa temática dedicada aos preparativos do Brasil para a COP 30, que ocorre este ano em Belém (PA). O debate ocorreu no âmbito da 5ª Reunião Plenária do colegiado, e contou com a participação da primeira-dama Janja Lula da Silva, o presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, ministros de Estado e conselheiros.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP30, será a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém. Janja, enviada especial das Mulheres na COP 30, ressaltou o papel estratégico da igualdade de gênero na agenda climática e defendeu uma atuação transformadora e resiliente das mulheres.
“A questão de gênero dialoga e interage com todos os objetivos da COP 30 transversalmente. Nós mulheres não somos apenas afetadas de forma desigual pelos impactos das mudanças climáticas e pelos eventos extremos. Somos promotoras de transformações e de resiliência. ”, afirmou. “Nosso desafio é fazer com que a agenda de ação contribua para a superação das desigualdades, como no acesso ao saneamento,água potável, moradia digna, alimentos e saúde, não apenas no Brasil, mas globalmente”.
O embaixador e presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, enfatizou o potencial da conferência para posicionar o Brasil como referência em soluções sustentáveis. “Ao trazer a COP para o Brasil, o presidente Lula está trazendo o mundo para ver uma série de soluções brasileiras que podem ser implementadas, seja no comércio, seja na agricultura, ou na energia. Nós vamos ter a atenção do mundo para as coisas que o Brasil tem feito e que muitos países querem conhecer e saber como fazer”.
Por sua vez, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ressaltou as constribuições que os povos da Amazônia podem trazer para os debates da COP. “Aqueles que forem a Belém terão a oportunidade de entender que a Amazônia tem seus próprios ecossistemas e seus próprios desafios. E os povos indígenas com suas práticas e relações de bem viver com a floresta, têm muito a ensinar para o mundo”, pontuou.
Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou a importância da participação social nas discussões da COP. “A COP já está acontecendo. Os movimentos sociais e a juventude já estão discutindo, o mundo do trabalho também já está dialogando, além de tantos outros setores”, finalizou.