O Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz Brasília, lançou o “Projeto Territórios Saudáveis e Sustentáveis na Promoção do Cuidado: abordagem intersetorial e interseccional”. Um dos principais objetivos é a formação de lideranças comunitárias em diversas regiões do país, utilizando metodologias da educação popular e da pedagogia da alternância. Serão destinados R$ 24 milhões para as ações formativas, que possibilitarão a participação gradual das 27 unidades federativas do Brasil. A primeira etapa começa ainda este ano, contemplando oito estados das regiões Norte e Nordeste. O público estratégico do projeto inclui lideranças de movimentos sociais, conselheiros de direitos e profissionais da atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Coordenado pelo Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (Psat), da Fiocruz Brasília, e pelo Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (Deppros), do Ministério da Saúde, o projeto, abreviado como Territórios de Cuidado, aposta na construção de soluções coletivas saudáveis, sustentáveis e solidárias. Isso se dará por meio do diálogo entre saberes populares e científicos, da escuta ativa dos territórios e da articulação com políticas públicas.
“Temos a proposta de desenvolver processos de formação-ação que integrem saúde, equidade e saberes locais, tendo os territórios no centro das decisões. Buscamos formar lideranças comunitárias e fortalecer a participação popular no SUS, além de incentivar o intercâmbio de experiências e valorizar práticas já existentes”, destacou Ângela Leal, diretora do Deppros.
Segundo o coordenador do Psat, Jorge Machado, a essência do projeto está na mobilização de processos participativos críticos, orientados por uma ação territorial de promoção da saúde. “Essa atuação se fundamenta na reflexão sobre o cuidado individual e coletivo, destacando a expressão e o protagonismo das pessoas e comunidades envolvidas nos processos formativos”, afirmou.
Desenvolvimento do projeto
Na etapa de pré-mobilização do projeto, foi realizada a busca ativa das lideranças comunitárias. Será realizada ainda uma oficina de mobilização para compreensão do escopo do projeto e funcionamento da formação. A partir de mobilização, serão abertas as inscrições para até 50 pessoas participarem da formação, que tem duração de 3 meses. As informações sobre critérios de seleção e inscrições serão divulgadas posteriormente nos canais oficiais do Ministério da Saúde e da Fiocruz.
O lançamento do projeto ocorreu durante um seminário realizado em Brasília, que reuniu especialistas, gestores públicos, lideranças comunitárias e representantes de movimentos sociais para discutir estratégias de fortalecimento da promoção da saúde com base no protagonismo das comunidades e na valorização dos saberes locais.
Assista à transmissão do evento
Andreia Ferreira
Ministério da Saúde
Com informações da Fiocruz Brasília
Fonte: Ministério da Saúde