Ministra da Cultura dialoga sobre importância do investimento em economia criativa com Petrobras e BNDES

Cultura

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniu, nesta segunda-feira (15), com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, no Rio de Janeiro (RJ). Os encontros objetivaram o diálogo sobre a relevância do investimento no setor produtivo cultural e na economia criativa, além das linhas de financiamento promovidas pelas empresas-estatais nas regiões brasileiras.

Para a ministra Margareth, ter a maior investidora pública em cultura como parceira do MinC e do povo brasileiro é motivo de muito orgulho. “A Petrobras se firma como uma verdadeira amiga da cultura, qualificando as políticas culturais, investindo na diversidade e garantindo que nossos artistas e nossas tradições alcancem cada vez mais brasileiros e brasileiras em todas as regiões”, disse.

As reuniões também contaram com a presença do secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa; do secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes; e da secretária de Economia Criativa, Cláudia Leitão.

Durante a agenda, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a importância da retomada do MinC e do investimento da empresa de energia em projetos culturais.

“A volta do Ministério da Cultura representou um novo momento para o país, assim como o Programa Petrobras Cultural. Somos uma empresa que acredita na cultura como um bem essencial para a sociedade e que segue comprometida com a nacionalização dos investimentos, que é uma grande ação de sucesso do MinC, destinando recursos e mecanismos para viabilizar a produção cultural, apoiando projetos que refletem a riqueza e a diversidade do Brasil.”

Desde o início do governo Lula, a Petrobras já aportou mais de R$ 388,7 milhões no setor cultural por meio da Lei Rouanet e se consolidou como a maior empresa investidora na cultura brasileira. Em 2025, a estatal já destinou R$168 milhões para projetos culturais de todo o País.

Além disso, a Petrobras destinou mais de R$ 36,7 milhões para os programas especiais Rouanet Emergencial RS — articulação com empresas privadas e públicas em decorrência do estado de calamidade pública decretado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 2024 —, e o mais recente, o Rouanet Nordeste, que investe R$ 40 milhões em projetos culturais da região Nordeste, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

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Foto: BNDES

Em agenda posterior com a presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foram discutidas as potencialidades de atuação do banco no fomento ao setor cultural, com ênfase no segmento audiovisual. Ao todo, a empresa pública e a subsidiária BNDES Participações investiram mais de R$ 81,2 milhões na cultura brasileira desde 2023.

Para o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, a evolução no investimento cultural é reflexo de uma gestão federal que trata a cultura como uma prioridade. “O setor produtivo cultural é muito mais que apenas lazer e entretenimento. A cultura gera renda e emprego, além de reafirmar a identidade de uma população através da dança, do teatro, dos filmes e das festas e outras mais milhares de manifestações culturais que respiram neste país continental. E o crescimento do investimento no setor cultural demostra o esforço da gestão federal em fortalecer a identidade do Brasil e priorizar a soberania do seu povo”, destacou.

Lei Rouanet em todo Brasil

Entre os destaques dessa gestão do Minc, pela primeira vez na história, a Lei Rouanet chega a todos os estados do país com projetos sendo executados. Atualmente, são cerca de 4.800 iniciativas culturais em andamento, distribuídas de forma inédita em todo o território nacional.

Esse avanço representa um marco importante para a democratização do acesso à cultura, gerando oportunidades para artistas, produtores e trabalhadores da cadeia criativa em diferentes regiões. Além de estimular a circulação de bens culturais, os projetos fomentados pelo mecanismo contribuem diretamente para a geração de emprego e renda, alcançando públicos que antes não tinham acesso a patrocínios e investimentos culturais.

Setor criativo em crescimento

Encabeçado pela secretária Cláudia Leitão, o diálogo com as estatais também reafirmou o compromisso do Ministério da Cultura com o protagonismo e incentivo à economia criativa. Com papel estratégico na cultura brasileira, o setor emprega mais 7,4 milhões de pessoas no Brasil (4,7 milhões em postos formais e 2,7 milhões na informalidade) e gera R$ 288 bilhões em valor adicionado em 2020, equivalente a 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo dados do Itaú Cultural e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É neste contexto que entra o Brasil Criativo como uma política transformadora para o desenvolvimento nacional”, afirmou Leitão. “Nosso objetivo central é qualificar o desenvolvimento sustentável a partir da nossa criatividade e da nossa diversidade cultural”.

Ela explicou que a iniciativa tem como objetivo principal “qualificar o desenvolvimento sustentável do país a partir da criatividade e da cultura”. A secretária também acrescentou que a política visa “reconhecer e consolidar a economia criativa como uma estratégia para o desenvolvimento social, econômico, ambiental, político e cultural”.

Além disso, a Lei Rouanet Territórios Criativos reforça o compromisso da Pasta. As diretrizes da atual Instrução Normativa permitem o desenvolvimento sustentável de territórios criativos, com objetivos centrais de executar programas de longo prazo para institucionalizar territórios criativos em todo o país e qualificar e integrar lideranças, organizações e pessoas em um território.

Fonte: Ministério da Cultura