Ministra Márcia Lopes visita Casa da Mulher Brasileira em Curitiba/PR

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A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, visitou as instalações da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba nesta sexta-feira (30). Ela foi recebida pela coordenadora-geral da CMB, Sandra Praddo; e pela secretária da Mulher e Igualdade Étnico Racial de Curitiba, Marli Teixeira Leite. A ministra passou por todos os espaços de atendimento especializado às mulheres em situação de violência e dialogou com as servidoras que realizam esse trabalho.

Márcia Lopes reforçou que a Casa da Mulher Brasileira é para dar dignidade às mulheres vítimas de violência. “Tudo o que nós queremos é assegurar que tenhamos, pelo Brasil afora, Casas da Mulher Brasileira e Centros de Referência da Mulher Brasileira, pois são espaços acolhedores, respeitosos e que dão dignidade às mulheres vítimas de violência. Lembro-me que fui até El Salvador conhecer o projeto da Ciudad de la Mujer, que inspirou a Casa da Mulher Brasileira. Fiquei encantada, nunca tinha visto nada parecido. E foi uma decisão muito feliz essa do governo brasileiro de construir a política aqui”, disse a ministra.

Segundo estimativa do IBGE para 2024, a cidade de Curitiba tem uma população de 1.829.225, sendo 53,33% mulheres. O Estado do Paraná, por sua vez, conta com uma população estimada de 11.824.665, sendo 50,9% de mulheres, que também podem recorrer ao acolhimento da Casa da Mulher Brasileira da capital. Desde 2016, quando foi inaugurada, mais de 130 mil mulheres passaram pela Casa. Em 2025, até o dia 28 de maio, foram atendidas 8.685 mulheres.

A unidade conta com atendimento 24 horas por dia; serviço de acolhimento e apoio psicossocial (assistentes sociais e psicólogas); Delegacia da Mulher; Defensoria Pública; Juizado de Violência Doméstica e Familiar; Ministério Público; Patrulha Maria da Penha; programas voltados à autonomia econômica das mulheres; e brinquedoteca.

A secretária da Mulher e Igualdade Étnico Racial de Curitiba, Marli Teixeira Leite, disse que o equipamento é fruto de alinhamento entre os governos federal, estadual e municipal para oferecer atendimentos de qualidade. E apontou que a coordenação do espaço está fazendo mapeamentos de mulheres negras e LBTs.

“Para a gente é um momento muito especial receber a ministra, uma mulher paranaense, em nossa Casa da Mulher Brasileira. Dialogamos sobre a parceria essencial com o governo federal para melhorar e ampliar todos os serviços de proteção a mulheres em situação de violência doméstica”, declarou a coordenadora-geral da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Praddo.

Outras agendas

A convite da reitoria da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), a ministra das Mulheres participou de reunião com pesquisadores e professores da universidade. A ministra conheceu o Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas e do Curso de Serviço Social, onde há iniciativas acadêmicas e científicas para promoção da defesa e dos direitos das mulheres. Foi sugerida cooperação técnica entre a pasta e a universidade para aplicação de projetos. 

Na oportunidade, a ministra recebeu uma placa de reconhecimento da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR, do Curso de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas por sua trajetória pela promoção dos direitos, da dignidade e do bem-viver das mulheres em toda a sua diversidade e nos diferentes territórios.

Capilaridade da Rede

Em abril deste ano, o Ministério das Mulheres inaugurou o primeiro Centro de Referência da Mulher Brasileira do Paraná, em Francisco Beltrão. O espaço, cuja obra recebeu aporte de R$ 1,1 milhão do governo federal, promove acolhimento humanizado às mulheres vítimas de violência com acompanhamento psicossocial, além de orientações e encaminhamentos jurídicos necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher.

Em Guarapuava, na região centro-sul do estado, há um Centro de Referência em fase de obras, que recebeu aporte de cerca de R$ 1 milhão do governo federal. Há ainda uma Casa da Mulher Brasileira em implementação na região fronteiriça de Foz do Iguaçu, com investimentos de R$ 9,5 milhões por meio de uma parceria entre Ministério das Mulheres e Itaipu Binacional.

A implementação de novos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência é um dos principais eixos de atuação do Programa Mulher Viver sem Violência, que foi retomado pelo Ministério das Mulheres em março de 2023. Atualmente há 11 Casas da Mulher Brasileira em funcionamento e outras 31 unidades em fase de implementação. Já em relação aos Centros de Referência da Mulher Brasileira, há 11 em funcionamento e 12 em implementação. No Painel de Monitoramento lançado pelo MMulheres, é possível acompanhar os endereços, orçamento e fase da construção de cada unidade. 

 

Fonte: Ministério das Mulheres