Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou, nesta terça-feira (2), do tradicional Cortejo do 2 de Julho, em Salvador (BA). A celebração marca os 202 anos da Independência do Brasil na Bahia e é considerada uma das manifestações populares mais importantes do país. Ontem, o presidente encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que institui o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil.
Em carro aberto, a ministra acompanhou o cortejo que se iniciou com a saída dos carros do Caboclo e da Cabocla, do Convento Soledade, no Largo da Lapinha, rumo ao bairro do Barbalho, em um trajeto de cerca de um quilômetro. Participaram também das comemorações a primeira-dama, Janja da Silva, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
“É uma festa que comemora a bravura do povo baiano e, sobretudo, de três mulheres que tiveram muito importância aqui na Bahia”, disse Lula em referência à Joana Angélica, Maria Felipa de Oliveira e Maria Quitéria – heroínas da história do Brasil, com importante atuação na independência do país.
Para Margareth Menezes, o 2 de Julho é mais do que uma comemoração local. É uma afirmação de protagonismo e memória de pessoas negras e indígenas, que precisa ser reconhecida ao nível nacional.
“Uma grande data que a gente festeja aqui na Bahia, mas o Brasil precisa, cada vez mais, reconhecer essa contribuição que vem do seu povo para a libertação definitiva do Brasil, de sair dessa posição de colônia e chegar à posição de país. Esse país maravilhoso, onde nós estamos, ainda, em lutas de reparação, mas que é o nosso Brasil. É o Brasil de todos nós. Viva 2 de julho!”, declarou.
“A Bahia é o coração da independência, e isso não se trata de fazer disputa com nenhum estado. O desejo é que, realmente, o Brasil entenda isso, cada luta. Os heróis nossos não são os portugueses, são os brasileiros”, completou o governador do estado.
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Sobre o 2 de Julho
A data rememora a vitória das tropas brasileiras sobre os portugueses na então província da Bahia, em 1823, consolidando a separação definitiva do Brasil em relação ao domínio colonial.
O Cortejo do 2 de Julho acontece desde 1824 e homenageia a vitória das tropas brasileiras na Bahia, um marco fundamental na consolidação da Independência do Brasil, proclamada oficialmente em 7 de setembro de 1822. A resistência baiana, que durou 17 meses, envolveu a mobilização de diversos segmentos populares, entre eles negros, indígenas, mulheres e trabalhadores.
A celebração também reverencia figuras históricas e símbolos como o do caboclo e da cabocla, representantes da luta coletiva pela liberdade e soberania do povo brasileiro.
Fonte: Ministério da Cultura
