Em agenda do Ministério do Esporte Itinerante nesta quinta-feira (10), o ministro André Fufuca visitou o projeto social “Campeãs na Vida, Campeãs na Quadra”, desenvolvido pela ADEF (Associação Desportiva de Futsal do Distrito Federal), em Brasília. A iniciativa, que atende centenas de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social, é referência na promoção do futsal feminino como ferramenta de inclusão e empoderamento.
Durante a visita, o ministro reforçou o compromisso do governo federal com o fortalecimento do esporte feminino no Brasil. “Desta vez, o ministério não veio visitar obras, mas projetos sociais que transformam vidas. Esse projeto existe há 10 anos e é resultado de parcerias construtivas. Nosso papel é fazer o Ministério do Esporte chegar a quem mais precisa, seja com infraestrutura, seja com ações que mudam realidades. O esporte é uma ponte para o futuro”, declarou Fufuca.
O projeto é um dos núcleos de atuação da ADEF com financiamento público e apoio da Lei de Incentivo ao Esporte, a entidade viabiliza aulas de futsal, acompanhamento multidisciplinar, fornecimento de materiais esportivos, atendimento médico, odontológico e educacional, além de ações específicas voltadas à educação integral e à cidadania.
Para a presidente da ADEF, Geovana Rodrigues, o projeto vai muito além das quadras. Atleta da própria instituição, ela destaca o ciclo de renovação da associação. “Entrei na ADEF com 12 anos, como essas meninas. Hoje sou presidente. Foi o futsal que me levou à universidade, que me fez cidadã, que me deu voz. Hoje queremos que essas meninas saibam que podem ser o que quiserem. O esporte muda vidas”, afirmou.
A pequena Júlia Bastos, de apenas 12 anos, já sente esse impacto. “Antes, na escola, diziam que menina não sabia jogar bola. Aqui encontrei meu lugar. Quero ser jogadora de futsal pela ADEF”, contou a aluna.
Os projetos
Além das atividades regulares, a ADEF também atua com o paradesporto, especialmente com futebol para cegos, e mantém núcleos de base de futebol feminino em regiões administrativas do Distrito Federal. Em 2024, a associação celebrou importantes conquistas, como o título de campeã da divisão especial dos Jogos Universitários Brasileiros e a participação em competições internacionais na Bolívia e em Angola.
Michael Jackson, diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, explicou a importância do projeto. “É um projeto em evolução no contrafluxo escolar. É importante que essas meninas e mulheres tenham um local seguro para jogar e se desenvolver no esporte. São mais mulheres praticando a modalidade, e uma Copa do Mundo de Futebol Feminino se aproxima”, destacou.
A gestora do projeto, Naiara de Assis, reforça essa visão. “Aqui elas se sentem protegidas para falar de temas como violência doméstica, racismo, restrições alimentares. São meninas que chegam com histórias difíceis, e aqui encontram uma rede de acolhimento. A prática esportiva é o pano de fundo para algo muito maior, elas aprendem a sonhar e a lutar por seus direitos.”
Segundo o ministro Fufuca, a expectativa é que projetos como esse se multipliquem por todo o país, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027, sediada no Brasil. “É importante que tenhamos mais núcleos de futebol feminino em todas as regiões do Brasil. Estamos falando de um projeto que, há 10 anos, recebeu seu primeiro incentivo, com atletas formadas e em formação. E, acima de tudo, temos respeito às mulheres. Parabéns a todos que têm ajudado o esporte feminino a se tornar realidade”, concluiu o ministro André Fufuca.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte
Fonte: Ministério do Esporte