O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), participou nos dias 14 e 15 de agosto de uma oficina, em Campinas (SP), para alinhar o desenvolvimento do Sistema de Integração de Geoinformações para o Desmatamento Zero (SIGDeZ). Em elaboração, a ferramenta apoiará ações do governo federal relacionadas ao ordenamento territorial e ao monitoramento e combate do desmatamento e de incêndios florestais, sobretudo na Amazônia.
Para isso, o SIGDeZ reunirá, em um só ambiente hospedado no site do MMA, bases de dados já existentes que atualmente não estão integradas, como o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) do MMA, o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) e o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), ambos do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).
Haverá ainda conexão com instrumentos construídos por outros órgãos, entre eles, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Banco Central do Brasil.
Segundo o coordenador-geral de Controle do Desmatamento da Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, Diego Pereira, o diferencial da plataforma é a capacidade de integração. “Será um motor de análise de dados, integrando informações essenciais para apoiar o monitoramento das ações do ministério e acompanhar a evolução do desmatamento e dos incêndios florestais”, ressaltou.
Apesar do foco na Amazônia, a plataforma terá abrangência nacional, com acesso público. As informações disponibilizadas subsidiarão ainda a implementação do Laboratório para o Desmatamento Zero (LabDez), iniciativa que usará geotecnologias avançadas para gerar indicadores capazes de orientar políticas públicas ambientais.
Para o assessor técnico do PNUD para o Projeto Floresta+ Amazônia, ação que é coordenada pelo MMA, Carlos Casteloni, “a nova plataforma é uma soma de esforços com o Floresta+ Amazônia que atua para recompensar quem conserva a floresta”, destacou.
O desenvolvimento da plataforma será conduzido por uma equipe de dez pesquisadores e analistas da Embrapa, com gestão financeira da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe) e apoio do Projeto Floresta+ Amazônia, no âmbito do financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF). A duração prevista é de 36 meses, sendo 24 meses para execução e 12 meses para manutenção. Uma versão inicial de apresentação deverá ser lançada em novembro, durante a COP30, em Belém (PA). “Vamos aperfeiçoá-lo cada vez mais e, depois de pronto, o MMA será responsável por dar continuidade e manutenção”, explicou o pesquisador da Embrapa e um dos líderes do projeto, João Vila.
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