O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta segunda-feira (15/09), do seminário “Rumo a um Plano Regional de Minerais Estratégicos para o Desenvolvimento no Mercosul”, realizado em Montevidéu, no Uruguai. O evento foi promovido pelo Parlasul, órgão representativo dos interesses dos cidadãos dos Estados Partes do Mercosul: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
O encontro faz parte da iniciativa de construção de um Plano Regional de Minerais Estratégicos para o Desenvolvimento, que visa articular políticas comuns entre os países e apresentar os desafios e oportunidades ligados aos minerais críticos para a transição energética, a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável na América do Sul. A região dispõe de uma dotação estratégica desses minerais, com destaque para reservas de lítio, cobre, níquel, terras raras, zinco e estanho.
Representando o MME, o coordenador-Geral de Minerais Estratégicos e Transição Energética do Setor Mineral, Gustavo Masili, ressaltou que esse tema não é apenas uma questão econômica, mas também de futuro. Segundo ele, o Brasil possui reservas expressivas desses minerais, fundamentais para a transição energética global e decisivos no enfrentamento das mudanças climáticas, um dos maiores desafios da atualidade.
“No âmbito do Subgrupo de Trabalho de Geologia e Mineração (SGT-15) do Mercosul, acabamos de aprovar um Plano de Trabalho ambicioso para os próximos dois anos. Nosso objetivo é intensificar o intercâmbio de melhores práticas, promover a troca de informações e, sobretudo, desenvolver um estudo estratégico sobre o papel que a nossa região pode desempenhar no suprimento global desses minerais. Queremos compreender não só como ofertar, mas como transformar esses recursos em riqueza para os nossos povos”, anunciou o coordenador-Geral Masili.
Nesse contexto, a partir do Parlasul e em parceria com instituições regionais, está sendo proposta a elaboração de um Plano Regional de Minerais Estratégicos para o Desenvolvimento, orientado para a articulação de políticas comuns entre os Estados Partes. A estratégia busca superar enfoques fragmentados ou competitivos.
O presidente do Parlasul, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), destacou a importância da iniciativa. “Precisamos elaborar políticas independente de ideologias para qualificar o debate em nossos países e um fortalecer um ao outro. Se tivermos a capacidade de coletar conhecimento aqui no Parlasul, vamos criar debates estratégicos e influenciar de forma positiva neste tema”, avaliou.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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