Brasília (DF) – A atualização das ocorrências de desastres no Brasil, assim como a evolução dos riscos para a população, reflete na capacidade de resposta federal, estadual e municipal diante de um evento climático. Para isso, o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), produz relatórios de monitoramento diários com um prognóstico da situação.
Emitidos sempre no mesmo horário, às 17h, os relatórios são divididos em cinco partes. A primeira traz um resumo das informações gerais do desastre, como número de óbitos, feridos, desabrigados, desalojados, desaparecidos e pessoas afetadas pelo evento. A segunda foca nas ocorrências e atualizações das últimas 24 horas, enquanto a terceira etapa compartilha as ações do Sinpdec e as publicações no Diário Oficial da União (DOU) referentes aos mecanismos utilizados pela Sedec para ajudar o município atingido.
Em seguida, há a divulgação da quantidade de alertas emitidos e repassados para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e a quinta e última parte do relatório traz a previsão de risco geo-hidrológico para o dia seguinte. Em casos extremos, essa previsão pode se estender para os próximos três dias.
O coordenador de monitoramento contínuo do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad) da Sedec, Anderson Neves, destaca que são emitidos relatórios extraordinários durante ocorrências de severidade se houver necessidade de mais informação. “Os relatórios estão sempre alinhados com a realidade do desastre. O material é produzido diariamente devido a dinâmica dos eventos adversos, que podem ser graduais ou súbitos e terem um agravamento em curto período de tempo”, afirma o coordenador.
Nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado, por exemplo, os relatórios assumiram um papel de extrema importância, completa Anderson. “As informações atualizadas eram enviadas diretamente ao presidente Lula, que, em seu primeiro pronunciamento, utilizou dados dos relatórios produzidos pelo Sinpdec, assim como para conceder entrevistas sobre o assunto. Os relatórios eram o principal instrumento de atualização da evolução do desastre e das ações da Sedec”, finaliza.
O material é produzido e publicado por técnicos plantonistas do Cenad com informações das defesas civis estaduais e municipais e de órgãos parceiros, como Cemaden, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Serviço Geológico do Brasil (SGB), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, entre outros.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional