No BRICS, Silveira ressalta liderança brasileira na transição energética e reforça cobrança de financiamento pelos países industrializados

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As ações voltadas à transição energética tiveram destaque durante a cúpula do BRICS, realizada neste final de semana, no Rio de Janeiro. Os resultados da liderança brasileira na área de energia, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), serviram de apoio para a declaração dos líderes, assinada nesta segunda-feira (7/07). O ministro Alexandre Silveira destacou a necessidade de os países industrializados contribuírem com o financiamento da transição energética e ressaltou que os países do Sul Global têm oferecido soluções e políticas inovadoras para enfrentar a mudança climática.

“Uma década após o Acordo de Paris, faltam recursos para a transição justa e planejada, essencial para a construção de um novo ciclo de prosperidade. Será preciso triplicar energias renováveis e duplicar a eficiência energética. Faz parte deste desafio viabilizar os meios de implementação necessários, hoje estimados em 1,3 trilhão de dólares, partindo dos 300 bilhões já acordados na COP29 no Azerbaijão”, disse o presidente Lula ao ler o comunicado o grupo.

Em maio, o BRICS de Energia aprovou o Roadmap da Cooperação Energética do BRICS 2025–2030, que passa a orientar os trabalhos conjuntos pelos próximos cinco anos. O plano tem foco na transição energética e no avanço de temas estratégicos na área de energia para os países do bloco. O ministro Alexandre Silveira ressaltou a importância da proposta aprovada, que coloca o Brasil como protagonista nas discussões.

“A presidência brasileira do BRICS em 2025 reafirmou nosso compromisso com uma transição energética justa, inclusiva e liderada pelo Sul Global. Os resultados das discussões mostram que temos propostas concretas, capacidade técnica e vontade política para ser provedores de soluções que irão viabilizar a transição energética. E o Brasil se mostrou não apenas como m país que ostenta uma matriz energética 90% limpa, mas um articulador estratégico da nova governança energética mundial”, afirmou Silveira.

O Roadmap 2025–2030 representa um salto qualitativo. Estruturado em dois eixos (temas setoriais e áreas transversais), o novo plano incorpora tópicos de fronteira, estabelece marcos anuais para orientar sua implementação e aprimora os instrumentos de acompanhamento, como revisões periódicas de projetos e critérios consensuais para a criação de novos grupos de trabalho.

Entre os avanços temáticos, destacam-se a elevação do hidrogênio de baixa emissão a prioridade estratégica; a introdução de tecnologias como captura e armazenamento de carbono (CCUS), combustíveis sintéticos (e-fuels), remoção direta de carbono da atmosfera (DAC) e bioenergia com captura de carbono (BECCS); além do aprofundamento de temas como redes inteligentes, mobilidade sustentável, armazenamento de energia e eficiência em edificações e sistemas de refrigeração. A digitalização e a inteligência artificial também passam a ser tratadas de forma sistemática, como habilitadoras da modernização dos sistemas energéticos.

Além disso, o novo Roadmap amplia a agenda de apoio à transição energética ao incluir temas como minerais críticos, financiamento climático, capacitação profissional e planejamento energético integrado — que não estavam plenamente desenvolvidos na versão anterior.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia