Oficinas de Libras e práticas pedagógicas voltadas à inclusão de estudantes surdos são realizadas em escolas de Senador Guiomard

Acre

A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), por meio do Centro de Apoio ao Surdo (CAS), promoveu nesta quinta-feira, 15, oficinas voltadas ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ao aprimoramento das práticas pedagógicas inclusivas em três escolas de Senador Guiomard: Elzira Angélica, Escola Cívico-Militar 15 de Junho e Escola Cívico-Militar Adalci Simões da Costa.

Estudantes da Escola Cívico-Militar 15 de Junho participam de dinâmica com foco na inclusão de colegas surdos. Foto: Mardilson Gomes/SEE

As ações tiveram como público-alvo as equipes gestoras, professores, profissionais de apoio e estudantes das unidades contempladas. A proposta foi atender à necessidade das escolas que atualmente contam com alunos surdos matriculados.

A programação incluiu uma oficina pedagógica para os profissionais da educação, abordando estratégias de ensino voltadas a estudantes surdos, e uma oficina de Libras Inicial para os estudantes, com o objetivo de proporcionar o primeiro contato com a língua e a aprendizagem de vocabulário básico do ambiente escolar.

Turma reunida durante oficina de Libras realizada pelo CAS em Senador Guiomard. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Segundo a professora Leoclice Sene, assessora pedagógica da Educação Especial no núcleo de representação da SEE em Senador Guiomard, a iniciativa busca fortalecer a comunicação entre os alunos ouvintes e os colegas surdos, garantindo mais inclusão no espaço escolar. “Hoje, pela manhã, estivemos na escola Elzira Angélica, na zona rural, onde temos dois alunos surdos no 1º e 3º anos. Em seguida, realizamos a oficina na escola 15 de Junho, onde há um aluno surdo, no 9º ano, e depois seguimos para a escola Adalci Simões”, explicou.

A assessora enfatizou a importância de sensibilizar a comunidade escolar sobre o uso da Libras. “Nada mais justo do que os ouvintes aprenderem a língua brasileira de sinais para se comunicarem com os colegas surdos. A oficina vem justamente para atender essa demanda e mostrar que a Libras é tão importante quanto qualquer outra língua”.

Assessora pedagógica Leoclice Sene acompanha as atividades e destaca a importância da Libras na convivência escolar. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Coordenadora do CAS, a professora Lindomar Araújo destacou a relevância da articulação realizada pelo núcleo local da SEE, por meio da professora Leoclice, para a realização das oficinas. “Essa parceria foi fundamental. Estamos conhecendo os alunos e verificando que há estudantes de Senador Guiomard participando do Atendimento Educacional Bilíngue no CAS, em Rio Branco. Essa integração permite que eles desenvolvam a Libras e o Português como segunda língua”, afirmou.

Ela destacou, ainda, o caráter inovador da ação e a expectativa de expansão das atividades: “Estamos muito felizes. Essa é uma ação diferenciada, que amplia a atuação do CAS em seu ano de comemoração pelos 20 anos. Já identificamos o interesse dos professores em aprender Libras, então pretendemos retornar no próximo semestre, com oficinas voltadas a esse público também”.

Professora Lindomar Araújo, coordenadora do CAS, celebra parceria com o núcleo da SEE e o engajamento das escolas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Na Escola Cívico-Militar 15 de Junho, a coordenadora de ensino Rosineide Gouveia avaliou positivamente a atividade. “Essas práticas são de suma importância, pois nos ajudam a redimensionar e aprimorar nosso fazer pedagógico. Mesmo com apenas um aluno surdo, é essencial que a equipe se capacite. Com certeza, a oficina trará impactos positivos para a comunicação entre professores e estudantes”.

Yan Miguel, aluno do 9º ano da Escola 15 de Junho, compartilha sua experiência de amizade e aprendizado com o colega surdo, Lucas. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Entre os estudantes, o entusiasmo também foi evidente. Yan Miguel Silva, aluno do 9º ano da escola 15 de Junho, contou sobre sua experiência com o colega surdo: “É muito legal. Eu sou amigão do Lucas, e todo dia aprendo um sinal novo com ele. Já sei o alfabeto e os números. A oficina ajuda muito, porque a gente aprende uma nova forma de se comunicar, não só com ele, mas com outras pessoas surdas também”.

Fonte: Governo AC