Para Diego Girão, a bicicleta vai além do esporte ou de um mero meio de transporte. É refúgio, terapia e um espaço ideal para criar amizades e conexões. Head de negócios e estudante de psicologia, ele pedala há mais de dez anos, quase sempre sobre as rodas mais finas das road bikes, bicicletas feitas para maior velocidade e longas distâncias.
O início dessa relação foi fruto do destino. Era para acontecer. Um ex-chefe, apaixonado por ciclismo, incentivava todos os funcionários da empresa a pedalar. Diego abraçou a ideia, comprou um modelo mais simples e, aos poucos, evoluiu para as bicicletas sofisticadas, capazes de acompanhar a elite do esporte. “É uma atividade que, se você pensar demais, acaba caindo ou derrubando as pessoas”, brinca.
Com o tempo, percebeu que as pedaladas ofereciam mais do que condicionamento físico. “A bicicleta pode se tornar uma forma de escape, de cuidar da saúde física e mental, quase como uma meditação ou sessão de psicoterapia”, conta. A convivência em pelotões, característica marcante do ciclismo de estrada, trouxe também grandes amizades. “Nos momentos de tristeza, desemprego ou dificuldades familiares, sempre é um amigo que chama você para pedalar.”
Essa percepção inspirou Diego a criar um projeto que ele batizou de “bike terapia”. Mesmo sem a formação acadêmica completa, ele já experimentou a iniciativa com oito pessoas. “Quando pedalamos, estamos mais relaxados e conseguimos nos expressar melhor. Falamos sobre assuntos que dificilmente surgem em um divã, com um terapeuta tradicional”, relata. Para ele, o ciclismo é um esporte que acolhe e que, no Brasil, ainda enfrenta desafios, como a falta de ciclofaixas interligadas e a hostilidade no trânsito.
Do pedal ao reconhecimento: a chance de transformar um projeto em prêmio
O Dia Nacional do Ciclista, celebrado no dia 19 de agosto, é, para Diego, uma oportunidade de dar visibilidade a esse papel multifuncional da bicicleta: transporte, lazer, economia e, no seu caso, cuidado emocional. E este ano, ele se animou ao conhecer o Prêmio Bicicleta Brasil, promovido pelo Ministério das Cidades.
Em 2025, a premiação foi ampliada de seis para 24 categorias, com valores dobrados para organizações da sociedade civil: R$ 50 mil para o 1º lugar, R$ 30 mil para o 2º e R$ 20 mil para o 3º, além de troféus e certificados.
As inscrições são gratuitas, estão abertas até 21 de agosto, e podem ser feitas na plataforma oficial do ministério. Podem participar órgãos públicos, empresas, instituições de ensino e entidades que desenvolvam projetos técnicos, científicos, culturais ou sociais ligados ao uso da bicicleta.
A experiência de Diego ilustra como a “magrela” pode ir além da mobilidade, tornando-se também ferramenta de saúde e integração social. Iniciativas como a dele mostram esse potencial, enquanto o Prêmio Bicicleta Brasil busca reconhecer esse e outros projetos em todo o país.
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Fonte: Ministério das Cidades