Curitiba/PR. A Força-Tarefa Previdenciária, composta pela Polícia Federal – PF e Ministério da Previdência Social – MPS, deflagrou nesta quinta-feira (4/9), a 2ª Fase da Operação Big Data com o objetivo de apreender documentos, aparelhos eletrônicos e mídias, relacionados à prática do crime de divulgação de segredo, relevantes para a investigação que apura a atuação de uma organização suspeita de acessar e divulgar dados sigilosos de segurados da Previdência Social, utilizados para fins de captação indevida de clientes.
De acordo com as investigações, o grupo teria como modus operandi a obtenção não autorizada de informações protegidas, acerca de processos de benefícios e seus interessados, as quais seriam posteriormente utilizadas para contatar os segurados por aplicativos de mensagens, oferecendo serviços advocatícios ou administrativos.
A suspeita é de que uma empresa atuante na área de assessoria previdenciária estaria vinculada a um escritório de advocacia, beneficiando-se comercialmente do acesso irregular a dados restritos e sigilosos, mantidos pelo INSS. As investigações indicam ainda que os dados teriam sido coletados, organizados e disponibilizados com alto grau de segmentação, o que sugere a atuação de uma organização criminosa.
Além da busca e apreensão, a Justiça Federal também autorizou medidas cautelares de quebra de sigilo telemático dos dispositivos apreendidos, com base na necessidade de acesso a informações que possam confirmar a materialidade e a autoria do delito.
A operação ocorre em dois endereços, sendo um em Curitiba/PR e outro em Porto Alegre/RS, em endereços residenciais dos envolvidos.
Não foram identificados benefícios concedidos irregularmente, ou, até o momento, o envolvimento de servidores do INSS.
Comunicação Social da PF no Paraná
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Fonte: Polícia Federal