O segundo dia do Congresso Forcine 2025 também contou com representação do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAV). A mesa-redonda Boas práticas em políticas públicas para a realização audiovisual universitária reuniu representantes do poder público para debater políticas relacionadas à produção audiovisual no ambiente acadêmico. A atividade foi realizada na terça-feira (27), na sede da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no Rio de Janeiro.
Representando a SAV, a coordenadora de Formação Audiovisual, Ana Paula Melo Sylvestre, destacou três eixos estruturantes da atuação da Pasta relacionados à temática da conferência: a articulação interinstitucional permanente, o fortalecimento da política cultural federativa e o uso de dados e evidências como base para a formulação de políticas públicas.
“A atuação lastreada em dados e evidências é fundamental para uma implementação mais assertiva das políticas públicas no campo da formação audiovisual e do ecossistema do audiovisual como um todo. É fundamental que a academia esteja caminhando muito próxima da formulação, implementação e avaliação das políticas públicas”, afirmou Ana Sylvestre.
Durante a apresentação, a coordenadora também expôs os resultados da pesquisa 31 anos de fomento federal à produção de curtas-metragens, que traça um panorama histórico do fomento à produção audiovisual de conteúdos do formato, que é muito importante na dimensão formativa do setor. Ana Sylvestre ressaltou ainda a importância de fortalecer o diálogo do MinC com instituições como o Forcine, a Socine e o Ministério da Educação para consolidar políticas públicas convergentes entre as áreas da cultura e da educação.
O chefe de Divisão de Assuntos Educacionais do CTAv (Centro Técnico Audiovisual), Felipe Barros, também presente na mesa, reforçou a relevância do trabalho conjunto com as instituições de ensino, destacando a articulação entre os projetos educacionais e as diretrizes da atual gestão da SAV. “Eu acredito que nesse projeto educacional estabelecido pelo acordo de cooperação expressa-se tanto a missão do IFRJ quanto a orientação das políticas promovidas pela atual gestão da Secretaria do Audiovisual, que está sensível à importância da formação de novos quadros para o setor audiovisual e que também está mobilizada em promover ações que possam corrigir assimetrias históricas, tanto de representatividade na participação no setor, como no acesso aos recursos disponíveis para a produção audiovisual”, afirmou.
Segundo ele, “essas assimetrias estão muito bem registradas em pesquisas e relatórios anuais, como os da Ancine, principalmente, e são evidentes quando levamos em consideração fatores como gênero, raça e distribuição dos projetos nas diferentes regiões do país”.
A mesa, com moderação da professora Hadija Chalupe (ESPM), também contou com a participação do Secretário de Cultura e Utopias de Maricá, Srady Bianchin; da coordenadora da Superintendência de Audiovisual do Estado do Rio de Janeiro, Maria Júlia Mattos; e de Paula Alves, consultora da SAV, que apresentou a metodologia do Mapeamento da Estrutura de Formação Audiovisual no Brasil. A pesquisa, realizada em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), busca identificar a capacidade técnica e estrutural das instituições públicas de ensino audiovisual, além de analisar como a formação atual contribui para os diferentes elos da cadeia produtiva do setor.
Com entrada gratuita, o Congresso Forcine termina hoje (28) reunindo docentes, estudantes, gestores públicos e pesquisadores de todo o Brasil em torno do tema Ensino, Mercado e Políticas Públicas no Audiovisual: Formação para a Transformação.
Fonte: Ministério da Cultura