Brasília (DF) – Mais um passo rumo ao desenvolvimento regional e à redução de desigualdades no Amapá: o Instituto Federal do estado (IFAP) vai ganhar o primeiro campus fluvial do Brasil. Em um esforço conjunto do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do ministro da Educação, Camilo Santana, o Governo Federal trabalha para expandir a educação profissional e levar mais oportunidades para as populações tradicionais, como os ribeirinhos. “Eu fico emocionado com essa notícia. Sou ribeirinho, amazônida, nascido na beira do rio. Ter a primeira unidade fluvial do Instituto Federal de Educação para atender os ribeirinhos, a partir de um pleito organizado pelo Instituto do Amapá, autorizado pelo ministro Camilo e pelo presidente Lula, é motivo de comemoração”, declarou Waldez Góes.
O formato fluvial do campus sinaliza uma estrutura pensada para o acesso por embarcação, atendendo diretamente às comunidades locais ou até mesmo às mais isoladas para a oferta de cursos de qualificação profissional, desde a formação inicial e continuada (FIC) até a graduação ou pós-graduação. Este modelo representa uma adaptação à logística regional, levando o ensino até quem vive às margens dos rios e longe dos grandes centros urbanos.
“Eu sempre apoiei a Universidade Federal do Amapá, criei a Universidade do Estado do Amapá, a UEAP, e sou um apoiador do Instituto Federal, porque ele nasce já na comunidade, fazendo extensão. Se hoje nós estamos com cobertura em quase 100% do Estado com a educação superior, devemos muito à estratégia do Ministério da Educação, do presidente Lula, de expandir a rede do Instituto Federal de Educação, dando oportunidade a homens, mulheres, trabalhadores, filhos de trabalhadores, para acessar o nível superior”, ressaltou o ministro Waldez.
Demanda local de cursos
O campus está sendo “desenhado” para ofertar cursos nas áreas de Sistemas de Energias Renováveis, Agricultura Familiar, Condução de Turismo, Pesca e áreas correlatas para atender à demanda local que se concentra em atividades rurais e extrativistas. Cerca de 800 vagas devem ser ofertadas por ano nas diversas modalidades de ensino, garantindo o acesso à educação técnica e tecnológica, profissionalização, pesquisa, extensão e inovação. Ao mesmo tempo, serão geradas oportunidades para ingresso no serviço público por meio de concursos e seleções de profissionais docentes e técnicos.
Em maio deste ano, o reitor do Instituto Federal do Amapá, Romaro Silva, apresentou a ideia do campus fluvial ao ministro Waldez durante reunião em Brasília. Alguns meses depois de diálogo de Góes com o Ministério da Educação, veio o anúncio de autorização para dar início ao processo de licitação. “Nós estamos autorizando o reitor a tomar todas as providências para licitar esse novo campus porque eu acho que vai ser uma experiência inovadora que vai poder percorrer todo o território da Amazônia e atender comunidades mais distantes, levando ensino técnico, profissionalizante e oportunidades para a nossa juventude no Estado do Amapá e na Amazônia”, anunciou o ministro Camilo.
A unidade será voltada ao atendimento de comunidades ribeirinhas no estado do Amapá, com ênfase no Arquipélago do Bailique, que abrange oito ilhas e mais de setenta comunidades, mas a expectativa é que o campus possa contemplar também parte da Ilha do Marajó (PA). “Essa conquista é fruto de um sonho coletivo. E é justamente esse espírito de união que tem tornado possível garantir o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade para mais pessoas, especialmente para aquelas que mais precisam. Agora, iniciamos de forma imediata o processo de licitação para dar vida ao nosso tão esperado Campus Fluvial”, disse Romaro Silva.
Parceria antiga
A parceria entre o MIDR e o Instituto Federal do Amapá já rendeu outros frutos. Em fevereiro deste ano, o ministro Waldez participou, em Macapá, da entrega de veículos e máquinas para ampliar capacitação e acesso à educação no estado. Dois micro-ônibus, dois microtratores, quatro kits de corte e costura e 80 barracas de feira livre completas foram entregues ao instituto, totalizando um investimento de R$ 1.197.620.
Campus em Mazagão
O Ministério da Educação também analisa a possibilidade da construção de mais um campus do Ifap, em Mazagão. “É uma demanda justa e importante. Vamos trabalhar muito para que a gente possa levar esse campo do Mazagão. É um sonho do presidente Lula chegar a mil campi e institutos federais em todo o país”, afirmou o ministro Camilo Santana.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional