Uma vida pedalando, entre descidas, subidas e sonhos

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No Guará, região administrativa do Distrito Federal, a infância de Maris-Stella Braga foi marcada por ruas cheias e bicicletas compartilhadas. “Quando apareceu a primeira bicicleta, logo veio a segunda, e no final todo mundo usava as mesmas”, lembra. Moradora da quadra 24, ela cresceu com as pedaladas sendo fonte não só de diversão, mas também solução prática para as tarefas do dia a dia. Se fosse preciso ir à padaria ou ao mercado, a ‘magrela’ era a parceira ideal.

Com 16 anos, no primeiro emprego, já fazia todos os deslocamentos sobre duas rodas, muitas vezes dando carona a amigos que conheceu justamente por meio da bike. Para Maris, pedalar nunca foi só sobre mobilidade. Hoje, com 57 anos, ela mantém o hábito de pedalar ao menos três vezes por semana, reservando os sábados para percursos mais longos, como as idas à Ermida Dom Bosco, de aproximadamente 70 quilômetros.

As memórias dela sobre o pedal misturam desafios, lindas paisagens e lições. Ela gosta de comparar subidas e descidas a recortes da vida. “Se é uma descida, você precisa curtir com responsabilidade, senão você cai. Se é uma subida, precisa ter fôlego para ir até o fim. Assim é a vida.” Uma de suas lembranças mais marcantes veio na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Em meio à neblina, sem conseguir enxergar o mirante, ponto final da trilha, foi recebida por aplausos de outros ciclistas. “Foi uma demonstração de união inesquecível.”

Mulher no final do percurso de bicicleta
Maris no ponto final do percurso da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Crédito: Arquivo Pessoal.

Professora de Educação Física, Maris também faz questão de levar a paixão para a sala de aula, ou melhor, para fora dela. Em atividades escolares, já colocou crianças de 4 a 12 anos para pedalar em percursos adaptados. Na rotina, também sobra tempo para usar a bicicleta para visitar amigos e explorar novos destinos.

O papel do ciclista e o Prêmio Bicicleta Brasil

Para ela, o papel do ciclista é o de qualquer cidadão consciente, respeitando pedestres e veículos. Em comemoração ao Dia Nacional do Ciclista, ela vê com entusiasmo iniciativas que incentivam o uso da bicicleta, como o Prêmio Bicicleta Brasil, promovido pelo Ministério das Cidades. Reformulado em 2025, o prêmio ampliou de seis para 24 categorias e dobrou os valores destinados a organizações da sociedade civil.

Neste ano, são R$ 50 mil para o 1º lugar, R$ 30 mil para o 2º e R$ 20 mil para o 3º, além de troféus e certificados. Podem participar órgãos públicos, empresas, instituições de ensino e organizações que desenvolvam projetos para promover o uso da bicicleta, com inscrições gratuitas até 21 de agosto na plataforma oficial do ministério.

Com a ampliação das categorias, ideias envolvendo todos os tipos de bicicletas ganharam força, deixando claro que a mobilidade ativa é caminho para cidades mais sustentáveis e humanas. Maris acredita que o impacto pode ser profundo: “Quem pedala tem tantas paixões, e isso se reflete na quantidade de projetos. As ideias podem transformar Brasília e o Brasil”.

 

Para ela, o Dia Nacional do Ciclista, comemorado em 19 de agosto, é mais do que uma data. “Ele amplia, resgata e cria novas vidas no ciclismo. Dá mais vontade de tirar a bicicleta e ir para a rua.” Como Maris bem sabe, cada pedalada, seja subida ou descida, pode ser o começo de uma nova história. 

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Fonte: Ministério das Cidades