Urgência na implementação de medidas para combater mudanças climáticas é defendida na 5ª CNMA

Meio Ambiente

A diretora de Articulação e Governança da Secretaria Nacional de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Paula Machado, enfatizou a urgência na aplicação de medidas de mitigação e de adaptação para enfrentar a emergência climática. A gestora disse que colocar metas e objetivos está longe de ser suficiente. “Precisamos focar em implementações”, afirmou. 

A consideração foi feita nesta quarta-feira (07/05), durante participação no painel que debateu a transformação ecológica na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (5ª CNMA). A diretora apresentou aos participantes a Política Nacional Sobre Mudança do Clima e destacou os planos setoriais e temáticos de adaptação e de mitigação, que seguem em consulta pública até a próxima sexta-feira (09/05). Também destacou a importância do Plano de Transformação Ecológica, em elaboração no âmbito do Ministério da Fazenda, com foco em finanças sustentáveis, economia circular e transição energética.

Entre os destaques do painel, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, ressaltou o trabalho conjunto que é desenvolvido pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como fator essencial para impulsionar a transformação ecológica no país.

A diretora do Escritório da Comissão Econômica para a América Lática (Cepal) em Brasília, Camila Gramkow, abordou a necessidade de um pensamento voltado para a América Latina e o Caribe frente à emergência climática. Ao comentar os riscos da inércia diante da crise ambiental, relembrou a enchente histórica ocorrida no Rio Grande do Sul em 2024 e destacou que negar o aquecimento global pode acelerar ainda mais o processo. “A omissão não significa que o clima continuará do jeito que está, mas o contrário: os problemas já presentes serão intensificados”, disse.

O cofundador e embaixador da RevoluSolar, Dinei Medina, lembrou da escassez de energia que afeta as comunidades periféricas do Rio de Janeiro. Medina destacou que a falta de luz é reflexo da exclusão social e ambiental e apresentou a cooperativa de energia solar que visa uma transição energética justa, inclusiva e popular. A RevoluSolar é responsável pelo primeiro Corredor Humanitário Iluminado com Energia Solar em Favelas do Brasil, projeto voltado à climatização e iluminação de espaços públicos. “Como uma cooperativa de energia solar, a gente entende que conforto térmico é dignidade humana”, afirmou Medina.

Já o coordenador executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Sérgio Xavier, apresentou soluções democráticas e colaborativas para o enfrentamento da emergência climática, com foco em uma economia adaptativa, regenerativa e inclusiva.

Pluralidade das discussões

O eixo de transformação ecológica obteve o segundo maior número de propostas recebidas (485) e de propostas-síntese (105), fato que evidencia o interesse da sociedade em novos modelos de desenvolvimento socioeconômicos.

As manifestações foram analisadas em noves grupos de trabalhos (GTs) específicos, que incluíram a temática de agroecologia e agricultura familiar, transição agroecológica, legislação e políticas climáticas, tecnologia e inovação, e transição energética, entre outros.

Nesse último, a delegada eleita pelo Ceará, Jeanete Koch, destacou a metodologia usada pela conferência, que priorizou a diversidade nos debates. “É uma sala com diversos atores, o que é extremamente interessante, quando nós podemos agregar o nosso conhecimento por um bem comum, por um objetivo único, e fazendo um documento que seja norteador das políticas ambientais a nível nacional.”

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima