Com linguagem leve e formato ágil, a websérie Viabilizando Sonhos Culturais estreia sua segunda temporada no próximo dia 13 de agosto, no canal da produtora pernambucana Liga Criativa no YouTube. O projeto, realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio de editais da Prefeitura do Recife e do Governo de Pernambuco, reúne temas urgentes para quem vive da arte no Brasil e aposta na formação online gratuita como ferramenta estratégica de fortalecimento da economia criativa.
Toda quarta-feira, um novo episódio, com cerca de 10 minutos, abordará temas como currículo artístico, orçamento de projetos, editais e leis de incentivo, direitos autorais, acessibilidade cultural e o chamado DDD da Cultura (Democratização, Descentralização e Diversidade). A proposta é oferecer conteúdo qualificado, direto e acessível, com materiais de apoio gratuitos e recursos de acessibilidade em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE).
“A motivação veio justamente da escuta e da conexão com os fazedores de cultura. A primeira temporada mostrou o quanto artistas, produtores e agentes culturais estavam desejosos por conteúdos que dialogassem com a prática, com a realidade do fazer cultural, especialmente em um contexto de incertezas e reconstrução pelo o qual a cultura brasileira passou nos últimos anos”, destaca Eliz Galvão, produtora cultural e fundadora da Liga Criativa.
Segundo ela, o projeto foi idealizado justamente para estar onde muitas vezes as formações presenciais não conseguem chegar. “Transformar essa expertise num formato de websérie foi uma forma de democratizar ainda mais esse conteúdo. Queríamos manter uma linguagem simples, com exemplos reais e temas que fazem diferença no dia a dia de quem empreende na cultura”, explica.
A curadoria desta nova temporada foi construída a partir da escuta ativa do público da primeira edição, combinada à observação das demandas atuais do setor cultural.
“Sentimos que seria importante falar sobre orçamento de forma descomplicada, explicar melhor como funcionam os editais, valorizar o currículo artístico, falar de acessibilidade com responsabilidade e trazer à tona temas como direitos autorais e os ‘3Ds da cultura’ – democratização, diversidade e descentralização. Não dá mais pra pensar um fazer cultural potente sem olhar pra isso”, enfatiza a fundadora.
- Foto: Divulgação/Léo Ramos
A Lei Paulo Gustavo, segundo ela, foi fundamental para viabilizar a nova temporada. “Sem esse tipo de política pública, muitos projetos simplesmente não saem do papel, principalmente fora dos grandes centros. A LPG foi essencial para que essa temporada acontecesse. Leis de incentivo garantem que a cultura continue viva, diversa e acessível”.
Além da websérie, a programação de lançamento inclui uma oficina virtual gratuita, que acontece no próprio dia 13 de agosto, às 19h, com 50 vagas abertas para todo o Brasil. O link para inscrição está disponível no Instagram da Liga Criativa: @ligacriativa.
Acessibilidade cultural
Desde a primeira temporada, o projeto investe em recursos de acessibilidade e, agora, avança ainda mais. “Nesta temporada teremos um episódio inteiro dedicado à acessibilidade cultural. Tivemos um trabalho cuidadoso por trás, com tradutor referência, consultora surda especializada e técnico em legendagem. Foi essencial para alcançar o nível de qualidade e responsabilidade que acreditamos”, reforça.
A websérie também conta com especialistas convidados de diversas regiões do país e reafirma seu compromisso com a formação cidadã e a inclusão sociocultural. Para Eliz, o impacto desse tipo de ação vai além da formação técnica, com “fazedores culturais mais consciente dos seus direitos, mais conectada com ferramentas de gestão e mais preparada para ocupar espaços que historicamente foram negados”.
Fonte: Ministério da Cultura