MinC avança na cessão de sede para a Terreira da Tribo em Porto Alegre

Cultura

Nesta segunda-feira (7), o secretário-executivo adjunto do Ministério da Cultura (MinC), Cassius Rosa, participou, em Porto Alegre (RS), da assinatura da cessão de uso de imóvel da União com a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que servirá como sede provisória para a Associação de Amigos da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz – uma das mais antigas companhias de teatro do Brasil. O MinC tem atuado ativamente na reconstrução cultural do Rio Grande do Sul por meio de ações do programa Retomada Cultural, que busca reerguer o setor após os desastres climáticos em 2024.

“A cessão de uma sede para a Terreira da Tribo é um passo fundamental para a preservação da memória do teatro gaúcho e brasileiro. É um reconhecimento da importância desse grupo para a cultura nacional e um investimento no futuro das artes cênicas, garantindo que a Terreira continue a ser um farol de arte e formação para a comunidade”, avalia Cassius Rosa.

A medida tem o objetivo de abrigar o grupo, que foi vítima dos alagamentos, até que a cessão permanente do prédio dos Correios seja concretizada e as melhorias necessárias possam ser realizadas. “O objetivo é transformar o espaço em um grande centro cultural para a cidade, que inclua não apenas um escritório administrativo, mas também um local para a construção de caixa cênica e salas de ensaio”, afirmou.

Cassius ressaltou a parceria exitosa com a SPU, fundamental para garantir o acesso a espaços que são patrimônio da União para uso cultural. “É um exemplo claro de como a colaboração entre diferentes esferas do governo pode gerar resultados concretos e impactantes para a sociedade”. O secretário visitou também, nesta terça-feira (8), o local que abrigará a sede junto à Terreira e os Correios.

Agendas

Na agenda, Cassius Rosa teve ainda uma reunião com a superintendente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Mari Perusso. A pauta é a participação da Assembleia e da Comissão de Cultura na realização do encontro de ministros do Mercosul, previsto para a última semana de novembro, em Porto Alegre.

Além disso, reuniu-se com o secretário de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Loureiro, para debater a execução da Lei Aldir Blanc no estado e os preparativos para o próximo ciclo, além de discutir o apoio do governo estadual para o encontro de ministros do Mercosul.

Por último, o secretário esteve no Museu do Hip-Hop para conversar sobre as atividades que estão sendo realizadas no local e sobre o plano plurianual da entidade, que já está aprovado e captado. “

Agora vamos pensar uma forma de democratizar a pauta do Museu de Exposições para valorizar todas as expressões pelo país da cultura Hip-Hop”, conclui.

Terreira da Tribo

A Terreira da Tribo, reconhecida como Ponto de Cultura, busca uma sede própria há anos. A calamidade de 2024 intensificou essa necessidade, já que seu antigo espaço foi severamente danificado.

Para a coordenadora do Escritório do MinC no RS, Mari Martinez, a parceria entre a SPU/RS, MinC e Terreira da Tribo demonstra o compromisso do Governo Federal com o fortalecimento da comunidade cultural e das artes do Rio Grande do Sul. “Esta entrega é símbolo do propósito do Ministério da Cultura e do Governo Lula em proporcionar condições para que artistas, produtores e comunidades possam se expressar livremente e acessar recursos que apoiem suas iniciativas, em especial neste processo de reconstrução do Rio Grande, após as enchentes. A Terreira da Tribo é um patrimônio imaterial do nosso estado e do Brasil e está construindo um projeto potente que será uma plataforma de valorização das artes e dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura do RS”.

A Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é uma entidade civil com 46 anos de atuação, dedicada ao desenvolvimento do teatro gaúcho e brasileiro. O grupo tem um amplo projeto nas áreas de criação, compartilhamento, formação e memória, com foco em espetáculos de teatro de rua, oficinas populares e discussões sociais. A Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo oferece oficinas abertas e gratuitas, e a entidade é reconhecida como um dos principais centros de investigação cênica do país.

A cessão de uma sede permanente para a Terreira da Tribo é crucial para garantir a continuidade do trabalho de recuperação, conservação e catalogação do acervo de máscaras e figurinos do grupo, além de assegurar o funcionamento das oficinas da Escola de Teatro Popular. A nova sede permitirá a abertura de novas turmas e a difusão do conhecimento acerca do teatro e da proposta estética da Terreira, pautada na ideia de Arte Pública e democratização do acesso à cultura.

Fonte: Ministério da Cultura