Campeonato Brasileiro Surf Adaptado reúne os principais atletas da modalidade em Pernambuco

Esporte

Os principais atletas brasileiros praticantes do surf adaptado para pessoas com deficiência, o parasurf, estão hoje em Porto de Galinhas, na praia de Ipojuca, em Pernambuco, onde participam da etapa final do campeonato brasileiro da modalidade e também da seletiva que vai apontar os nossos representantes para representar o Brasil nos Jogos Mundiais de surf 2025, que acontecem em novembro na Califórnia.

Este ano, 54 atletas de nove estados brasileiros se inscreveram e participam da disputa final, que começou na sexta, 02/10, e vai até o domingo, 05/10. O destaque do campeonato brasileiro de parasurf 2025 é o expressivo aumento do número de mulheres competindo. Em 2023 elas eram quatro. Este ano, são 16 atletas inscritas, o que mostra a importância da modalidade para o público feminino.  As provas estão sendo transmitidas, ao vivo, pelo canal da CBSURF no YouTube.

Estão em disputa troféus em treze categorias. Os competidores participam de duas baterias e a somatória da pontuação acumulada é o que define a classificação final. Quem somar mais pontos garante o título do campeonato. Os mais bem ranqueados na competição também asseguram uma vaga para os Jogos Mundiais 2025, na praia de Ocean Side, organizados pela International Surfing Association – ISA.

O diretor Executivo da Confederação Brasileira de Surf, Geraldo Cavalcante, comemora o avanço da competição e o importante apoio que tem recebido da iniciativa privada e das instituições públicas, entre as quais, o Governo do Brasil, por meio do Ministério do Esporte. “É esse apoio o que tem permitido que a gente transforme o que antes era um sonho em uma modalidade real, que inclui cada vez mais as pessoas com deficiência e revela atletas que tem se destacado mundialmente”, diz ele.

Na opinião do secretário Nacional do Para desporto, Fábio Araújo o apoio do Ministério do Esporte é fundamental para promover o crescimento da modalidade. “Ver o parasurf crescer ano após ano é emocionante. Este é o terceiro ano de apoio do Ministério do Esporte e já sentimos os frutos desse trabalho: em 2023 tínhamos apenas quatro mulheres competindo, e agora são dezesseis. Esse salto mostra que o esporte é um caminho real de inclusão e de novas oportunidades” diz o secretário.

Categorias do parasurf

As categorias do parasurf são definidas pelo tipo e gravidade da deficiência do atleta, e incluem classes para surfistas que competem em pé (Stand 1, 2 e 3), de bruços (Prone 1 e 2), de joelhos ou sentado (Kneel), e sentado com remo (Sit). Além disso, existem categorias específicas para deficiência visual (Visual 1 e 2), Síndrome de Down e Autismo, e surfistas com surdez ou baixa estatura. 

Classificações por tipo de deficiência:

  • Stand 1, 2 e 3 (PS-S1, PS-S2, PS-S3): Para surfistas que competem em pé, com deficiências como baixa estatura, amputações ou diferenças no comprimento das pernas. 
  • PS-S1: Amputação de membro superior ou deficiência comparável. 
  • PS-S2: Amputação abaixo do joelho ou deficiência comparável. 
  • PS-S3: Amputação acima do joelho ou deficiência comparável. 
  • Prone 1 e 2 (PS-P1, PS-P2): Para atletas que surfam deitados na prancha. 
  • PS-P1: Atletas que competem de forma independente. 
  • PS-P2: Atletas que precisam de ajuda para remar, pegar a onda e subir na prancha. 
  • Kneel (PS-K): Para atletas que competem ajoelhados na prancha. 
  • Sit (PS-Sit): Para surfistas que utilizam o waveski e um remo para surfar sentados. 
  • Visual 1 e 2 (PS-VI 1, PS-VI 2): Para pessoas com deficiência visual. 

 

Outras categorias:

  • Síndrome de Down: Categoria específica para atletas com esta condição. 
  • Autismo: Categoria para surfistas com autismo. 
  • Surdez: Categoria para atletas com surdez. 
  • Baixa estatura: Categoria dedicada a surfistas de baixa estatura. 
  • Inclusiva: Para atletas que não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores, mas possuem alguma deficiência que necessita de adaptação no esporte. 

A organização das categorias visa garantir que todos os atletas tenham igualdade de condições e competitividade em suas disputas. 

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

Fonte: Ministério do Esporte