Bolsonaristas apoiam tarifas de Trump contra o Brasil 

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Em declarações recentes, Eduardo Bolsonaro, conhecido por sua proximidade ideológica com Trump, classificou as tarifas como “necessárias para equilibrar relações comerciais justas”, ignorando críticas de especialistas que apontam prejuízos à indústria nacional.

Foto: Alan Santos

As tarifas protecionistas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sobre o aço e o alumínio brasileiro, que entrarão em vigor nesta quarta-feira (março/2025), receberam apoio público de figuras-chave do grupo bolsonarista no Brasil. O deputado federal Eduardo Bolsonaro e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, emergiram como defensores da medida, reforçando sua aliança com o líder americano de extrema direita, cuja agenda política e econômica frequentemente confronta os interesses comerciais do Brasil.

Em declarações recentes, Eduardo Bolsonaro, conhecido por sua proximidade ideológica com Trump, classificou as tarifas como “necessárias para equilibrar relações comerciais justas”, ignorando críticas de especialistas que apontam prejuízos à indústria nacional. Jair Bolsonaro, por sua vez, reiterou seu apoio ao aliado norte-americano, afirmando em redes sociais que “Trump defende a soberania dos países contra o globalismo predatório”, em referência a retóricas comuns em discursos de extrema direita.

A postura do grupo bolsonarista contrasta com a reação de setores do governo brasileiro atual e de entidades empresariais, que alertam para riscos econômicos, como a redução das exportações e o aumento de custos para indústrias locais. Analistas internacionais destacam que o alinhamento de Bolsonaro e seus apoiadores com Trump reflete uma estratégia de aproximação com movimentos conservadores globais, mesmo que isso implique adotar políticas contrárias aos interesses nacionais.

A relação entre os Bolsonaro e Trump remonta ao governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), marcado por gestos de admiração mútua e esforços para ampliar laços com a base do republicano nos EUA. Agora, com a reascensão política de Trump e a imposição de barreiras comerciais, a defesa aberta das tarifas protecionistas pelo núcleo bolsonarista reacende debates sobre o nacionalismo econômico e o populismo de direita como eixos de uma aliança transnacional.

Enquanto o Brasil enfrenta os impactos das medidas americanas, a postura de Eduardo e Jair Bolsonaro evidencia não apenas uma convergência ideológica, mas também uma disposição de priorizar lealdades políticas internacionais em detrimento de quaetões domésticas. A polêmica reforça o papel do bolsonarismo como ator-chave na difusão de agendas extremistas no cenário global.

 

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